Moradores procuram a justiça
A situação vivida pelos moradores do residencial Jardim das Flores é a mesma do conjunto Felix Sahão Júnior. Localizado na Avenida Benedito Zancaner, o conjunto de prédios sofre com falta a falta de manutenção e até de água. Com a situação crítica, os moradores resolveram procurar o Ministério Público (MP) de Catanduva para tentar uma solução.
“Aqui temos problemas de várias ordens. Desde a entrega de cartas e correspondências até a falta d´água. Estamos vivendo um caos e o nosso sentimento é de abandono total. Sempre entramos em contato com a administradora, mas não temos nenhum tipo de resposta convincente”, explicou a moradora Eliana Mendes.
O morador Luis Carlos Ribeiro reuniu assinaturas de todos os moradores dos 160 apartamentos e procurou o MP apontando o descaso da empresa Laluce, de Araçatuba, responsável pela manutenção no condomínio. “Não tivemos outra alternativa a não ser apelar para a justiça”, comenta.
Uma comissão formada pelos moradores realizou uma reunião para tentar mudar a empresa escolhida pela Laluce para cuidar da manutenção do local. Entretanto, a empresa de Araçatuba não acatou a decisão dos moradores. “Escolhemos uma outra alternativa que não foi aceita pela Laluce. Trata-se de uma ditadura que vivemos aqui, e não uma democracia”, comentou Maurício Donizete, um dos líderes dos moradores.
Com a falta d´água, os moradores são obrigados a improvisarem para poder fazer as necessidades básicas. “Temos de tomar banho com canequinha. É impossível pensar em algo nesse sentido em um município do porte de Catanduva. Não sabemos o que causa a falta d´água, pois cada vez que vem um especialista, sempre culpam o problema na bomba. Mas isso nunca é resolvido”, revelou o morador Sebastião Martins.
Outro problema também enfrentado no condomínio é o mato. Sem a manutenção, as laterais do prédio sofrem com o mato alto e a quantidade de bichos que aparecem no local. “Já apareceu de tudo aqui, desde baratas até cobras. Isso sem falar na área de lazer, pois não dá nem para as crianças brincarem num local desses”, continuou o morador. O valor do condomínio também foi reajustado pela administradora, que agora cobra R$ 167.
“Estamos totalmente abandonados. A nossa esperança é que alguém preste atenção em nossa situação para podermos viver mais tranqüilos”, falou Donizete, apontando para o portão quebrado do condomínio.
“Estamos até com o portão quebrado e ninguém aparece para consertar. É um caos”, diz.
Empresa
O Regional entrou em contato com a empresa responsável pela manutenção do condomínio, mas até o fechamento desta edição não houve retorno. A empresa afirmou que daria um posicionamento sobre a falta de manutenção no Residencial Jardim das Flores, mas também ainda não emitiu nenhum comunicado.
Fonte: http://www.oregional.com.br
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