Para evitar confusões, cestas são opção para dar a funcionários
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
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‘Caixinha’ de Natal pode provocar confusão em condomínios
Listas com contribuições geram constrangimento aos moradores. Para evitar problemas, opção é dar cestas aos funcionários.
Dar uma contribuição em dinheiro para pessoas que prestam serviços no fim do ano é uma prática já recorrente, a famosa "caixinha" de Natal. Nos condomínios, entretanto, o agrado aos funcionários pode gerar constrangimento entre os moradores e até confusão.
Um condomínio da Mooca, na Zona Leste de São Paulo, celebra seu primeiro Natal em 2011. A lista deixada na portaria para que os moradores assinem e coloquem sua contribuição foi descartada. No prédio, a caixinha de Natal fica lacrada. Cada morador coloca o quanto pode ou acha justo e os próprios funcionários fazem a distribuição.
O zelador Ivã Tomaz da Silva sabe bem o que pode acontecer quando há dinheiro envolvido. Em outro condomínio onde trabalhou, parte da caixinha sumiu e um dos funcionários ficou conhecido como pescador.
“Ele pescou o cheque com um araminho. Só descobrimos que faltou dinheiro porque o morador deixou um cheque e veio depois perguntar.”
Para evitar qualquer confusão entre os moradores e os funcionários, um condomínio de Diadema, no ABC, resolveu dar uma cesta de Natal para cada funcionário - um gasto que já faz parte do orçamento.
A cesta de Natal já foi entregue e bem recebida. Agora, o agradecimento pelo serviço prestado e pela atenção dedicada não precisa ser um gesto apenas de fim de ano. A professora Lenira Domingues Ferreira faz questão de mostrar a importância dos funcionários sempre que pode. “Todo dia pergunto se eles querem um suco, um chocolate quente. Afinal eles ficam o dia inteiro ali, sem poder sair do lugar, e são tão próximos da gente.”
“Tem que ter caixinha, os porteiros cuidam da gente o ano inteiro, o zelador cuida dos nossos filhos, precisa lembrar deles no fim do ano. Eu recomendo sim a caixinha, bem organizada. O que importa é doar de coração e valorizar essa turma”, diz o advogado Márcio Rachkorsky.
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