Falta de terrenos e preços altos na Capital fazem setor imobiliário apostar mais na região; moradias fechadas já oferecem até psicólogos
O mercado imobiliário já dá como certo que nos próximos anos o alvo principal no estado de São Paulo para a criação de condomínios será no Interior.
Diversos fatores influenciaram para que movimentos migratórios da Capital para o interior se intensificassem nos últimos anos. Um deles é a falta de terrenos disponíveis em São Paulo, segundo análise feita pelo Secovi-SP, maior sindicato do mercado imobiliário da América Latina.
“Nos início dos anos 1980, a Capital representava um terço da população do estado. Dos anos 1990 para frente, houve uma descentralização de indústrias e do ensino, com a criação de universidades públicas e privadas, e isso fortaleceu o movimento deemigração para o interior”, acrescenta Flavio Amary, vice-presidente para o Interior do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
Para avaliaro comportamento e evolução do mercado imobiliário, é importante estudar a demografia, migrações, casamentos, nascimentos, idade média de casamento, filhos por família, entre outros dados. “A cidadede São Paulo concentra hoje cerca de um quarto da população do Estado. Mas o Interior cresce muito maisque a Capital,há um movimentode migração daCapital para o Interior, que tem relação direta e proporcional ao crescimento do mercado imobiliário e a busca por novas habitações”, aponta Amary.
LANÇAMENTOS
Esta descentralização do crescimento pode ser verificada também no lançamento de imóveis.Entre 2002 e 2004, 80% dos lançamentos da região metropolitana de São Paulo eramfeitos no município de São Paulo, e os demais20% estavamnas outras 38 cidades que compõem a região.
Atualmente cerca de 52% dos lançamentos são feitos na Capital, e os 48% restantes são lançados nos demais municípios, segundo dados de 2010 da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
PREÇOS
Outro fator também estimula mais empreendimentos no Interior: o preço. No primeiro semestre deste ano, a Embraesp aponta que o preço médio do m² na Capital foi de R$6.216. Segundo, Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp, “os preços estão bem próximos ao limite, sendo que em algumas regiões já atingiram esse limite”. No Interior, que possui acompanhamento de valores feito pelo Secovi-SP em cinco cidades, o valor máximo encontrado foi de R$ 4,9 mil.
NOVIDADES
Já há até condomínios que oferecem serviços de psicólogo para ajudar no convívio social,uma das grandes reclamações de quem mora nestes lugares. Para aumentar a compra de condomínios, o mercado divulga terdisponível no estado vários serviços como parque infantil, academia, gazebo e praça de encontros.
Fonte: http://www.redebomdia.com.br
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