Furtos em condomínio
Moradora e faxineira são investigadas por atos, em Sorocaba
Faxineira e patroa são suspeitas de furtarem joias e dinheiro em condomínio
Segundo a polícia, entre joias, reais, dólares e euros, produto do furto soma mais de R$ 500 mil
A Polícia Civil de Sorocaba investiga a participação de uma escriturária de 38 anos como mandante de quatro furtos a residências no condomínio Ibiti do Paço, que eram praticados por sua faxineira, de 47 anos. Esta foi presa em flagrante na tarde de terça-feira (6) e liberada nesta quarta-feira (7) pela audiência de custódia para responder em liberdade. Ouvida no 1º Distrito Policial (DP), a escriturária negou qualquer envolvimento na ação criminal, mas mesmo assim será indiciada por furto. Entre joias, reais, dólares e euros, produto do furto soma mais de R$ 500 mil.
De acordo com a equipe de investigação do 1º DP, os furtos ocorreram entre 25 de agosto até terça-feira, dia 6 de novembro, quando a doméstica foi detida já fora do condomínio, e, ciente da acusação, retornou até a casa da patroa e entregou aos policiais civis as jóias e bijuterias furtadas naquela tarde, após ter acesso à chave que os moradores deixavam escondida próximo a uma janela. Na sequência, a faxineira admitiu outros três furtos. Desses todos, apenas uma vítima ainda registrará ocorrência.
Conforme explicaram os investigadores, após os primeiros furtos, a equipe de vigilância do condomínio começou a observar que a doméstica, após terminar seu trabalho na casa da escriturária, ficava circulando pelas ruas internas, e desde então ela já havia se tornado suspeita, até ser autuada em flagrante por furto qualificado na terça-feira.
Em seu depoimento, a faxineira disse que a mandante seria a patroa, e que a mesma teria pago R$ 2 mil de forma parcelada pelos furtos realizados. A patroa, segundo a doméstica, é quem lhe dava as dicas sobre os hábitos das vítimas. A empregada também declarou ter perdido uma motocicleta para o banco porque a patroa, que teria se comprometido a pagar suas parcelas em troca de faxina, não teria quitado a dívida.
Residindo no Guarujá desde 1º de agosto, a escriturária compareceu nesta quarta ao 1º DP, e na saída disse à reportagem que “foi uma surpresa, quanto uma decepção”, acrescentando que no condomínio todos a conhecem, e que inclusive até já fez parte da administração. A Sociedade de Melhoramentos do Parque Ibiti do Paço, no entanto, nega que a mulher tenha participado da administração do condomínio.
“Ela foi única e exclusivamente moradora do loteamento”, afirma em nota.
De acordo com a escriturária, desde que se mudou, no início de agosto, a casa ficou fechada, e que a doméstica comparecia apenas para embalar as coisas. Em relação à moto, a patroa disse que a faxineira a comprou na ocasião em que a mesma trabalhava para outro morador, e que tempos depois a teria encontrado num supermercado pedindo esmola, e dizendo que havia se desfeito da moto para pagar tratamento de câncer de uma de sua três filhas, e que então a doméstica teria retornado a trabalhar para ela.
Tanto a faxineira, liberada na audiência de custódia para responder o processo em liberdade, como a escriturária, responderão pelo crime de furto. Ainda de acordo com a polícia, em diligências na casa da faxineira, na Vila Helena, nada foi encontrado.
Fonte: https://www.jornalcruzeiro.com.br