Operários de condomínio de luxo, param obras para cobrar salários atrasados, em Manaus
De acordo com o vice-presidente do Sintracomec/AM, Cícero Custódio, os 250 operários estariam há 45 dias sem receber
Um grupo de aproximadamente 250 operários que trabalham em duas, das oito torres que compõem o condomínio residencial Mundi Resort, localizado no Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus, paralisou as atividades na manhã desta segunda-feira (7), em virtude do atraso, no pagamento dos salários.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Construção Civil do Amazonas (Sintracomec/AM), Cícero Custódio, os 250 operários – dos quais 50 são haitianos -, estariam há 45 dias sem receber os seus salários.
“Iremos aguardar um posicionamento da construtora (Urbis/Patrimônio) que se comprometeu a efetuar o pagamento até o início desta tarde. Caso contrário, a obra toda, que envolve as demais torres irá paralisar”, assegurou Custódio, que se encontra no canteiro de obras com os trabalhadores.
Ainda segundo ele, outro problema denunciado pelos operários seria o repasse dos vales transportes, que ao contrário do que determina a lei – a distribuição deve ser feita quinzenalmente ao trabalhador -, os mesmos estariam sendo entregues diariamente, ou seja, apenas duas passagens diárias.
Monitoramento
De acordo com o diretor da construtora Urbis, responsável pelo empreendimento, Marco Bolognese, os 250 operários estão ligados a uma empreiteira específica, que atua na obra, juntamente com outras cinco.
O repasse no valor de R$ 200 mil, referente ao pagamento dos operários, segundo Bolognese foi feito na última quinta-feira (3).
“O dinheiro já foi repassado à empreiteira, mas ela está dentro do prazo previsto em lei, de cinco dias úteis para pagar os funcionários”, salienta o diretor da Urbis.
Ainda segundo ele, a referida empreiteira estaria trabalhando nas obras do Mundi há pouco mais de 60 dias.
“Estamos monitorando de perto este caso. Talvez a empreiteira não tenha conseguido tempo hábil para liberar os pagamentos no banco”, observa Marco.
Ainda segundo ele, apesar da paralisação desta segunda-feira, na há riscos de atraso nas obras do empreendimento.
Fonte: http://acritica.uol.com.br
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