Mais justo com você e com o meio ambiente
Em um mesmo condomínio residencial existem famílias com seis integrantes e pessoas que moram sozinhas no apartamento. Em um mesmo prédio, existem pessoas conscientes ambientalmente e que, por isso, não deixam a torneira aberta enquanto escovam o dente e tampouco deixam para o ano que vem o conserto daquele vazamento no vaso sanitário.
Como também tem gente morando em prédios que, justamente por saber que os custos com a água são rateados ao final do mês entre todos os moradores, simplesmente não se importa em desperdiçar este líquido raro.
Diante desta realidade, a instalação de hidrômetros individuais nos condomínios residenciais é atitude justa com o bolso do condômino e também com o meio ambiente. O engenheiro civil Miguel Fujinami, que já projetou alguns condomínios em Maringá com hidrômetros individuais, calcula quea economia de água é de pelo menos 30%.
A explicação é simples: "Automaticamente o consumo de água do prédio diminui como um todo. Todo mundo vai querer gastar menos. Quando o consumo é rateado, gasta-se à vontade", diz ele.
Os hidrômetros individuais ainda permitem detectar mais facilmente os vazamentos internos, emitem contas individuais e permitem ao condômino saber exatamente o volume consumido de água no mês. O engenheiro explica que, geralmente, os hidrômetros são instalados no andar do apartamento. "Se no andar, tem quatro apartamentos, quatro hidrômetros individualizados são instalados nele".
Desde 2006, é obrigatório a instalação de hidrômetros individuais em condomínios residenciais novos em Maringá. A lei complementar número 605 é de autoria do ex-vereador Dorival Dias. Fujinami diz ser regra a instalação dos hidrômetros individuais nas construções dos condomínios novos na cidade e que nunca houve resistência, pois, além de ser benéfico ao meio ambiente e aos moradores, também não gera custos extras à obra.
Em novos empreendimentos, morador pode fazer a medição individual
Não compensa nos antigos
Embora seja possível, instalar hidrômetros individuais em prédios que não foram projetados para isso requer grandes reformas e troca de toda a tubulação de água dos apartamentos.
Por conta disso, o diretor do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi) de Maringá, Junzi Shimauti, afirma que não compensa trocar o sistema e instalar hidrômetros individuais.
O jeito, na opinião do diretor, é atuar na conscientização dos moradores de prédios antigos quanto à importância de se economizar água - recurso natural que já é escasso em diversos países do mundo.
Além disso, Shimauti aconselha aos síndicos que realizem periodicamente, desde que aprovada em reunião no condomínio, visitas em todos os apartamentos para verificar se há vazamentos ou infiltrações.
"Se for detectado o vazamento no apartamento, dá-se um prazo para o condômino arrumar o problema. Se ele não consertar, o síndico pode providenciar o conserto e depois debitar o custo na taxa de condomínio dele. O síndico precisa deixar claro aos moradores que, naquele condomínio, existe a preocupação e a vigilância quanto ao consumo excessivo de água", explica o diretor.
Vai faltar água
Segundo a Agência Nacional de Águas (Ana), em quatro anos a água será ainda mais escassa em 55% dos municípios brasileiros, que poderão ter seu abastecimento comprometido em algum grau.
Fonte: http://www.odiario.com
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