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Convivência

Homicídio em condomínio

Vizinho é o principal suspeito de crime ocorrido em Recife

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
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[17/02/2020] Comissário aposentado é morto a tiros no prédio onde morava após passagem de bloco de carnaval

Crime aconteceu na noite de sábado (15), no Engenho do Meio, na Zona Oeste do Recife.Segundo polícia, suspeito é um vizinho da vítima, que está foragido

Um comissário aposentado da Polícia Civil foi assassinado a tiros, na noite de sábado (15), no prédio onde morava, no Engenho do Meio, na Zona Oeste do Recife. O homicídio aconteceu durante uma confraternização, após a passagem de um bloco de carnaval. O suspeito do crime, que vizinho da vítima e não teve o nome divulgado, está foragido, segundo a corporação.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que está investigando a morte de Diógenes Cândido Nunes, de 56 anos, vítima de disparo de arma de fogo. A corporação disse que abriu um inquérito para apurar as circunstâncias e que “irá se pronunciar ao término das investigações”.

O crime aconteceu por volta das 19h45, no Condomínio Praça das Samambaias, na Rua Antônio Curado, ao lado do Clube da Sudene. O comissário aposentado, de acordo com o delegado Sylvio Romero, foi baleado na frente de uma porta que dá acesso ao salão de festas.

No momento dos disparos, esta passagem, que fica perto do elevador, estava fechada e trancada. O comissário aposentado foi encontrado com três perfurações no corpo, sendo duas lesões na região dorsal e um ferimento na face.

Segundo informação do perito responsável pela análise inicial, os dois disparos no dorso têm indicativo de terem sido os primeiros efetuados. O tiro do rosto teria sido dado quando a vítima já estava no chão.

Relatos

No sábado, o desfile de um bloco carnavalesco ocorreu na frente do prédio, segundo informações do delegado, que estava na Força-Tarefa do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Muitos condôminos e convidados encontravam-se na área externa bebendo, inclusive, o comissário aposentado e o suspeito do homicídio.

O policial relatou que, em um determinado momento, o suspeito foi até o seu apartamento, entrou no quarto do casal e pegou um revólver, que estava no armário. O homem, então, desceu e ficou ao lado do comissário aposentado Diógenes Nunes.

Uma testemunha disse à polícia que o comissário aposentado abriu o portão do prédio, permitindo s sua entrada. Nesse momento, a vítima e o suspeito se encontraram e chegaram a trocar algumas palavras.

Outras testemunhas informaram que, antes do crime, não ouviram discussão entre o comissário aposentado e o autor dos disparos. A polícia recebeu informação de que Diógenes tinha deixado a arma no carro e não estava com as chaves do veículo.

Moradores disseram aos policiais que a vítima e o responsável pelo crime costumavam ter discussões “ideológicas”, mas nunca tinham brigado, de fato. Eles disseram que depois desses debates, as "duas partes permaneciam conversando".

Uma moradora disse aos policiais que encontrou com o suspeito logo depois de ouvir os disparos de arma de fogo. O homem teria dito “acabou, acabou, acabou".

A polícia encontrou uma pistola sob o tapete do veículo do suspeito. Na casa do homem, os agentes e o delegado localizaram um coldre e seis munições de calibre 38. O armamento e as balas foram encaminhados para o Instituto de Criminalística (IC).

Estatísticas

Em janeiro deste ano, Pernambuco registrou alta no número de homicídios, em relação ao mesmo mês de 2019.

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social (SDS), ocorreram 335 casos, nos 31 primeiros dias de 2020. Isso significa um aumento de 9,8%, no comparativo com o primeiro mês do ano passado, quando foram computadas 305 mortes.

Ainda de acordo com a SDS, mesmo com a alta dos números de assassinatos, janeiro de 2020 teve o segundo mais baixo quantitativo de homicídios dos últimos cinco anos.

[18/02/2020] Morte de comissário pode ter sido motivada por divergência política

"Eram duas pessoas radicais do ponto de vista político e ideológico", contou o delegado que investiga o caso

De acordo com informações da polícia, o caso do comissário aposentado que foi assassinado pelo vizinho no último sábado (15), no bairro de Engenho do Meio, na Zona Oeste do Recife, pode ter sido motivado por divergências políticas. A vítima tinha 56 anos e foi morta a tiros por volta das 22h.

"Eram duas pessoas radicais. O radicalismo político e ideológico. Político partidário e ideológico de questões sociais, como cor, gênero e de status social", afirmou o delegado Sylvio Romero. 

O crime aconteceu dentro de um prédio residencial da Rua Antônio Curado. Segundo o delegado, moradores do condomínio e familiares estavam reunidos curtindo a passagem de um bloco carnavalesco na rua quando o crime aconteceu.

De repente, um desentendimento entre Diógenes e o suspeito, o ex-síndico do prédio, começou. Segundo o delegado, minutos antes da briga, o autor dos disparos foi em casa e pegou um revólver. Ainda segundo a polícia, no momento da confusão, Diógenes estava desarmado. E provavelmente estaria tentando subir para o apartamento pra pegar uma arma, mas acabou sendo morto na porta do elevador.

Fuga e registro vencido

O suspeito fugiu do local. A arma usada no crime não foi encontrada pela polícia. O delegado conta que ele tinha o registro da arma, um revólver calibre 38, que foi comprado em 1986. Mas o registro estava vencido desde o dia 27 de outubro de 2012.

Fonte: https://g1.globo.com/ e https://tvjornal.ne10.uol.com.br/

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