Síndica agredida
MG: Gestora de condomínio acusa vizinha de homofobia
Mulher LGBTQIA+ denuncia agressão e homofobia por vizinha em BH
A vítima é síndica do prédio. Ela conta que foi ofendida com falas homofóbicas, enforcada e teve o celular destruído pela suspeita.
Uma mulher LGBTQIA+ denuncia que foi agredida por uma vizinha, nesta segunda-feira (21), no condomínio onde mora, no bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
A vítima, que também é síndica do prédio, contou que saiu para receber o jardineiro, e a suspeita já estava na área comum. Neste momento, as provocações teriam começado.
Ela preferiu ignorar. No entanto, horas depois, quando o funcionário terminou o serviço, a vizinha voltou a ofendê-la. Desta vez, com falas homofóbicas.
“Ela gritava que ninguém no prédio gostava de mim, e começou a dizer que eu era sapatão e a me ofender por isso. Nesta hora eu decidi responder. Ela me cuspiu e puxou meu cabelo. Caímos no chão e ela começou a me enforcar. Eu não tenho força o suficiente para revidar e foi o jardineiro que me salvou, porque eu pedia socorro por estar sendo enforcada” , disse a síndica.
Além das agressões físicas e psicológicas, a mulher teve o celular destruído pela agressora. Mesmo muito abalada, decidiu registrar um boletim de ocorrência e acionar um advogado.
“Eu fui a um otorrino, que analisou meu pescoço e fez um laudo para mim. Além disso, eu registrei a denúncia na delegacia como crime de injúria racial, já que o crime de homofobia agora está equiparado na punição. Além disso, meu advogado vai pedir medida protetiva, porque eu estou com medo de ser agredida novamente”, explicou a vítima.
O g1 Minas entrou em contato com a Polícia Civil (PCMG) para saber se as mulheres foram ouvidas e se o caso será investigado, mas ainda não obteve retorno.
Punição mais severa
No mesmo dia da agressão em Belo Horizonte, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por nove votos a um, que atos de homofobia e transfobia são reconhecidos como crime de injúria racial. Em 2019, a Corte já havia enquadrado esse tipo de discriminação como crime de racismo.
Ameaça de massacre
Ainda nesta segunda-feira, os integrantes do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG), com sede em BH, denunciaram ter recebido ameaças de um massacre. A organização não-governamental (ONG) atua na defesa dos direitos da população LGBTQIA+.
Fonte: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2023/08/22/mulher-lgbtqia-denuncia-agressao-por-vizinha-homofobica-em-condominio-de-bh.ghtml