Inadimplência condominial
SP encerra 2021 na mínima histórica e mantém queda em 2022
Inadimplência condominial em SP encerra 2021 na mínima histórica e mantém queda em 2022
Segundo AABIC, dados mostram consolidação de baixa do índice de atrasos no pagamento de boletos por 90 dias consecutivos
O último trimestre de 2021 registrou índice médio de 2,20% de inadimplência no pagamento de boletos condominiais no Estado de São Paulo, a menor média histórica para o período desde o início da medição, em 2004. Em janeiro de 2022, a inadimplência atingiu índice de 2,41%, também o menor patamar para o mês na história do levantamento.
A pesquisa do Índice Periódico de Mora e Inadimplência Condominial (IPEMIC) é feita pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios do Estado de São Paulo (AABIC), a maior entidade representativa do setor
Desde março de 2021, o IPEMIC vem oscilando abaixo de 2,30%, demarcando uma tendência de consolidação da queda do índice no patamar histórico. Nem mesmo antes da eclosão da pandemia, o índice havia registrado um período tão longo, de 10 meses consecutivos, de variação próxima de 2%. Ao longo de 2019, por exemplo, o índice ficou na casa de 2,8% a 3%, com uma leve variação para 3,4% no período do distanciamento social provocado pela pandemia.
A Associação considera para cálculo da inadimplência o atraso no pagamento dos boletos condominiais por pelo menos 90 dias consecutivos. Para o presidente da AABIC, a pandemia é um fator a ser considerado para os dados históricos.
“Os condôminos passaram a valorizar ainda mais o local onde moram. Com as pessoas convivendo mais tempo e trabalhando em suas residências, elas notaram os benefícios e a segurança oferecidos nos condomínios, os serviços prestados pela equipe de funcionários e a importância da conservação dos espaços”, analisa José Roberto Graiche Júnior, presidente da Associação.
O pagamento da taxa condominial é utilizado para manter os empreendimentos nas melhores condições de uso, em serviços de limpeza, segurança, para pagamentos dos consumos públicos como água, luz e energia, além de salários dos funcionários e manutenção de equipamentos e áreas comuns.
Apesar da flexibilização das medidas restritivas e da expectativa do fim da pandemia, Graiche Júnior pondera que a AABIC segue atenta ao monitoramento dos custos condominiais, em razão da alta de custos na economia mundial e, agora, os efeitos do ataque russo à Ucrânia, que podem influenciar as economias locais e, portanto, os orçamentos familiares.
Segundo o presidente, a população já fez ajustes em gastos pessoais nos últimos anos de crise econômica, para que os compromissos fixos coubessem no orçamento familiar. Além disso, as administradoras também se empenharam nos cortes de custos nos empreendimentos para acomodar as taxas condominiais à realidade da população.
“Qualquer susto econômico e aperto monetário podem impactar o bolso da população, afetando sua capacidade de honrar os compromissos em dia”, considera Graiche Júnior.
Inadimplência em aluguéis
O Índice Periódico de Mora e Inadimplência Locatícia (IPEMIL), que mede a taxa de atrasos em pagamentos de alugueis em imóveis comerciais e residenciais, registrou percentual de 1,56% em dezembro de 2021, o menor índice do ano. O percentual não ficava tão baixo desde abril de 2020, quando a pandemia eclodiu.
Em janeiro deste ano, o índice oscilou levemente, para 1,58%, um pouco abaixo do patamar de 2,22% registrado em igual período de 2020. “Com a retomada gradual das locações de imóveis comerciais ao longo de 2022 e sem sobressaltos econômicos, pode-se esperar que os índices permaneçam estáveis e próximos da fase pré-pandêmica’, estima o presidente da AABIC.
Assessoria de imprensa da AABIC