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Inadimplência

Taxas condominiais

Inadimplência ultrapassou média de 10% no primeiro semestre de 2024

segunda-feira, 16 de setembro de 2024
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Inadimplência da taxa de condomínio fechou o semestre com média de 10,6%, aponta Superlógica

No mesmo período, os moradores pagaram um valor maior pela cota condominial: alta de 3,59% acima da inflação do período, que foi de 2,48%

A inadimplência acima de 30 dias da taxa de condomínio ficou em 10,6% no acumulado no primeiro semestre de 2024, segundo levantamento realizado pela Superlógica - principal plataforma de tecnologia e finanças para os mercados condominial e imobiliário. O índice de inadimplência variou de 10,9%, em janeiro, para 10,3%, em junho.

A análise feita pela empresa também mostra que a inadimplência se manteve em patamar semelhante nesses primeiros seis meses, mas o valor da taxa de condomínio sofreu um aumento acima da inflação. O crescimento foi de 3,59%, na média, maior que o IPCA (Índice de Preços Consumidor Amplo), que foi de 2,48% nos primeiros seis meses do ano. A base de clientes da Superlógica é de mais de 108 mil condomínios em todo País. O levantamento foi feito com aproximadamente 70 mil condomínios em todas as regiões do Brasil, somando mais de 3 milhões de imóveis (casas e apartamentos).

Entre os estados, Goiás lidera o ranking de inadimplentes da taxa condominial. A média, no primeiro semestre, ficou em 20,9%, seguido de Mato Grosso (20,3%), Amazonas (15,9%) e Pará (12,9%). Já os menores índices foram registrados no Espírito Santo (7,2%), Paraná (7,8%), Santa Catarina e Mato Grosso do Sul ambos com 8%). Em São Paulo, a média de inadimplência ficou em 9,5% e, no Rio de Janeiro, 11,4%.

No mesmo período, os moradores tiveram que pagar mais pela taxa de condomínio. Os valores passaram de R$ 742,26, em média, em janeiro, para R$ 768,97, em junho. Entre os estados com as taxas mais caras estão Ceará (R$1.289,75), Pernambuco (R$1.263,85) e Amazonas (R$1.087,50). Os menores valores foram registrados no Rio Grande do Sul (R$476,86), Minas Gerais (R$494,29) e Goiás (R$642,99). Esses valores são referentes ao mês de junho de 2024.

Endividamento

O endividamento das famílias brasileiras teve um aumento, em junho de 2024, quando comparado ao mesmo mês, em 2023. De acordo com o mapa da inadimplência do Serasa, mais de 72,50 milhões de brasileiros possuem dívidas ou contas em atraso: uma alta de 1,46% em comparação ao ano passado.

Diante deste cenário, os condomínios têm buscado cada vez mais soluções para o problema, já que a falta do recurso em caixa inviabiliza manutenções de rotina, obras necessárias e até mesmo melhorias. Para manter um fluxo de caixa e poder fazer frente às necessidades dos condomínios contam com algumas alternativas no mercado. Uma destas soluções é o Inadimplência Zero (IZ), produto do GrupoSuperlógica. Ao contratá-lo, os condomínios passam a receber de forma garantida a receita da cota condominial.

Segundo o diretor da unidade de negócio de crédito da Superlógica, João Terra Baroni, para os condomínios, a principal dificuldade de não se ter a taxa condominial paga em dia é a falta de previsibilidade. Isso porque, sem a verba esperada, o gerenciamento de gastos fica prejudicado. “O condomínio que possui uma taxa de inadimplência muito elevada acaba tendo uma série de problemas porque as obras de melhoria, ou até mesmo manutenções importantes, deixam de ser feitas por falta de recurso”, detalha.

Por isso, ele avalia que é fundamental que administradores busquem soluções para evitar o agravamento da dívida. “Muitos condomínios chegam a ter um fundo de reserva para enfrentar a inadimplência, mas o ideal mesmo é buscar uma alternativa mais eficiente. O que oferecemos é a certeza de que o condomínio terá uma arrecadação livre de sustos, além de alternativas para que o morador pague sua dívida”.

Outro ponto levantado por Baroni é o risco de o morador inclusive perder seu imóvel por não pagar a cota condominial. “Quando se vê em situação financeira complicada, muitas vezes o morador opta por pagar as contas que considera mais importantes, como água, luz ou a parcela de financiamento do imóvel. Mas, a taxa condominial, se acumulada, pode fazer com que a dívida seja judicializada e o imóvel seja colocado em leilão”, observa Baroni.

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