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Segurança

Incêndio e suicídio

Morador explodiu apartamento em Vitória e atirou contra si

quarta-feira, 4 de novembro de 2020
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[04/11/2020] Incêndio em Jardim Camburi: prédio está sem alvará desde 1983, dizem Bombeiros

Condomínio onde ocorreu incêndio nesta segunda-feira (2) teve um alvará para alguns blocos, mas a partir de 1983 não houve mais liberação do Corpo de Bombeiros, segundo o comandante do Primeiro Batalhão, tenente-coronel Scharlyston Paiva

Um dia após a explosão seguida de incêndio ocorrida em um apartamento de Jardim Camburi, em Vitória, equipes do Corpo de Bombeiros voltaram até o local para a realização de novas perícias. 

Segundo Scharlyston Martins de Paiva, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, em entrevista ao Fala Espírito Santo, na TV Vitória / Record TV desta terça-feira (03), o prédio está sem alvará há mais de 30 anos. 

"É uma edificação antiga, que teve projeto aprovado no Corpo de Bombeiros em 1981. Ele sofreu vistoria logo depois de construído, em 1983 e teve uma liberação para um ou dois blocos. Depois, outros blocos foram construídos. Duas novas vistorias foram feitas em 1990 e outra em 2009, mas nunca mais teve liberação. Então, o Corpo de Bombeiros não teve como atestar a segurança contra incêndios dos ambientes", disse Paiva.

No relato das equipes que participaram do trabalho de combate às chamas consta a informação de que houve problemas no hidrante. "O hidrante do pavimento não funcionou. Os equipamentos não funcionam às vezes, por ausência de água, registro fechado, canalização entupida, ou por algum tipo de equipamento faltando. Nesse ambiente foram verificadas essas irregularidades. Não tinha água nem nele nem nos pavimentos subsequentes", explicou o tenente-coronel.

Segundo Paiva, os sistemas que o alvará atesta são os sistemas de proteção, que minimizam os impactos do incêndio. "Nesse caso, não é que o alvará impediria que o evento acontecesse. Porém, o sistema evita a propagação rápida do fogo, ele possibilita o combate mais eficaz e célere no local da ocorrência", disse o bombeiro.

Ainda de acordo com Paiva, em edificações comerciais, o alvará tem validade de um ano. Em edificações residenciais, o alvará tem validade de três anos, exceto para prédios grandes, que possuem outro sistema. "Só no último mês, 120 edificações de Vitória foram notificadas por ausência de alvará, após vistorias do Corpo de Bombeiros", explicou o tenente-coronel.

A recomendação do Corpo de Bombeiros é que moradores se informem sobre os prédios onde moram e trabalham e cobrem dos síndicos e administradoras de condomínios sobre a manutenção dos equipamentos de segurança e sobre a atualização dos alvarás.

Mais cedo, nesta terça-feira (03), a equipe de reportagem da TV Vitória / Record TV esteve no condomínio e conversou com o síndico do prédio. Ele não quis gravar entrevista, mas contou que o incêndio foi impressionante e que mesmo morando a 100 metros de distância do local onde houve a explosão, as janelas do apartamento dele tremeram. 

O andar do prédio onde o incêndio aconteceu e quatro apartamentos afetados pelo fogo continuam interditados.  A Defesa Civil disse em nota que já informou a administração do condomínio sobre as intervenções necessárias para a liberação dos imóveis.

De acordo com o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, as investigações e as perícias continuam para apuração da explosão e do incêndio.

[03/11/2020] Dono de apartamento onde houve explosão em Vitória é encontrado morto

Segundo a família, trata-se de de Marcelo Agostinho Gonçalves, de 52 anos. A Polícia Militar trata o caso como suicídio

O dono do apartamento onde houve uma explosão na manhã desta segunda-feira (2), em Vitória, foi encontrado morto na Rua Ricardo Pimentel, no bairro Mata da Praia, também na capital, pouco depois do incêndio. Segundo a família, trata-se de de Marcelo Agostinho Gonçalves, de 52 anos.

Para o Corpo de Bombeiros, a suspeita é de que Marcelo tenha provocado o incêndio. Vizinhos contaram aos bombeiros que ele deixou o apartamento em chamas com queimaduras no corpo, mas recusou ajuda. Em seguida, teria entrado no carro e deixado o local dirigindo.

Momentos depois, segundo a Polícia Civil, a equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionada para atendimento de ocorrência inicialmente registrada como suicídio por arma de fogo, no bairro Mata da Praia.

O corpo, que estava nu e apresentava queimaduras, foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser identificado e para ser feito o exame cadavérico. Foi a família da vítima quem confirmou se tratar do morador do apartamento incendiado.

Explosão e incêndio

A explosão aconteceu por volta das 10h30 no apartamento de Marcelo e assustou moradores do condomínio, que fica na Av. Dr. Herwan Modenese Wanderley.

Outras três moradias também foram atingidas pelas chamas. Com o deslocamento de ar, a porta do apartamento foi parar na sala do vizinho. Janelas e vidros também foram quebradas.

O imóvel foi isolado e está sendo periciado. O prazo mínimo para conclusão do laudo pericial é de 30 dias. Todo o terceiro andar está interditado.

"A gente teve uma grande dificuldade para encontrar vestígios. Tudo indica que tenha sido ação pessoal", disse o tenente Breda, que é perito do Corpo de Bombeiros.

Fonte: https://g1.globo.com e https://www.folhavitoria.com.br/

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