Indenização do Pallace II
Vítimas do desabamento de 1998 no RJ dividirão R$ 30 milhões
STJ decide que famílias de vítimas do desabamento do edifício Palace II vão dividir R$ 30 milhões de indenização
Decisão da justiça saiu 24 anos depois da tragédia, que matou oito pessoas
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que 120 famílias vítimas do desabamento do edifício Palace II vão dividir uma indenização de cerca de R$ 30 milhões.
O Palace II ficava na Barra da Tijuca e desabou em fevereiro de 1998. A decisão da justiça saiu 24 anos depois da tragédia, que matou oito pessoas.
O dinheiro da indenização vem de um terreno em Brasília, leiloado em 2017. Depois da decisão do STJ, o processo retorna ao Tribunal de Justiça do Rio e vai ser encaminhado a um contador, que vai dividir o dinheiro.
O edifício
O edifício foi construído em 1990 pela construtora Sersan, do então deputado federal Sérgio Naya. A obra estava prevista para ser concluída em 1995, mas houve atraso. Segundo os moradores, em 1996 o edifício chegou a ser interditado pela Defesa Civil após ter morrido um operário ao cair no fosso do elevador que apresentava defeito. A construtora já havia sido processada 4 vezes em virtude da má construção do prédio, que não havia recebido o habite-se da prefeitura.
O prédio tinha graves defeitos de estrutura e acabamento, o que motivou a interdição pela Defesa Civil. Apesar do risco, 30 moradores buscavam seus pertences quando aconteceu o desabamento. Oito pessoas morreram soterradas.
Em 2009, Sérgio Naya morreu em Ilhéus, na Bahia, o que agravou o problema, já que os bens que possuía acabaram reunidos em espólio.
A construtora Calçada lançou um prédio de apartamentos no mesmo terreno que abrigou o Palace II. O Barra One, nome do novo edifício, abriga 180 apartamentos.
O projeto respeitou a arquitetura do antigo Palace I, prédio vizinho à tragédia, que continua em pé e foi rebatizado com o nome de Joá. Para aumentar a identidade visual entre os dois edifícios, a Calçada modificou o revestimento da fachada do Joá e em outras benfeitorias, sem nenhum custo para os atuais moradores.
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