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Mercado

Indenização recusada

Condomínio em Fortaleza afirma que valor oferecido pela prefeitura é baixo

quinta-feira, 10 de outubro de 2013
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 Desapropriação no Cocó: moradores recusam proposta da Prefeitura

Proposta de indenização por área de condomínio que será ocupada pelo viaduto foi recusada pelos moradores. Eles alegam que o valor é quase seis vezes menor do que oferecido no mercado

O projeto para a construção dos viadutos entre a Antônio Sales e a Engenheiro Santana Júnior inclui uma desapropriação de 66 metros quadrados, que pertence ao condomínio localizado na esquina entre as avenidas. Porém, o valor oferecido pela Prefeitura para indenizar os moradores do prédio é considerado pequeno pela maioria dos condôminos, que recusaram a proposta.

Para a desapropriação do espaço do prédio, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf) ofereceu o valor de R$ 1.100 por cada metro quadrado, de acordo com a administração do condomínio.
 
Moradores alegam que o valor do metro quadrado é quase seis vezes maior. “Esse valor é bem abaixo do valor de mercado. O preço do metro quadrado é negociado a R$ 6 mil, quase seis vezes mais do que o valor oferecido”, diz o subsíndico Dacon Teles.
 
Segundo ele, a Prefeitura apresentou o valor em reunião com outros moradores do prédio, que foram unânimes em recusar a proposta. “Quando a Prefeitura tomar a área vamos entrar com uma ação na Justiça. Até lá, vamos aguardar e buscar negociar”.
 
A Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, disse que a desapropriação é fundamental para dar mais segurança aos motoristas no momento que forem fazer a curva da avenida Engenheiro Santana Júnior, após a conclusão das obras do viaduto.
 
Sobre a indenização, a Prefeitura diz que a oferta foi baseada no valor de mercado e que os valores podem ser questionados judicialmente.
 

Desvalorização

 
Após a autorização do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) para o reinício das obras, moradores que possuem apartamentos no prédio temem com uma desvalorização imobiliária após a construção do novo equipamento de mobilidade. 
 
“Já temos a certeza que a desvalorização dos apartamentos vai ocorrer. Sou morador do 3º andar e o viaduto vai passar bem próximo a minha janela. Não tenho planos em mudar, vou esperar a obra ficar pronta e ver o que pode acontecer”, relata Dacon Teles.
 
Segundo Ricardo Bezerra, diretor da Lopes Immobilis, o impacto da desvalorização será maior nos primeiros andares. “O viaduto é um fator de desvalorização sim. Ninguém quer morar com a janela de frente para um viaduto. Os preços dos apartamentos dos primeiros andares vão cair consideravelmente”.
 
Ele também compara a construção dos viadutos do Cocó com obras semelhantes.
 
“O viaduto da Santos Dumont com Engenheiro Santa Júnior desvalorizou demais aquela área. Isso é um fato inegável. Se não tivesse o equipamento, a área teria um preço de venda ainda mais caro”.
 
Segundo Breno Diógenes, morador do 20º andar, a desvalorização já é dada como certa pelos outros condôminos. “Acredito que o meu apartamento não sofrerá interferência porque moramos a uma boa altura do viaduto. Mas quem mora nos primeiros andares, a queda de preço do apartamento é certa”.
 
Segundo a Prefeitura os viadutos chegarão aos 14 metros de altura. Considerando uma média de 3 metros por andar, eles ficarão em altura próxima ao quinto andar.

Fonte: http://www.opovo.com.br/

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