Inflação atinge também os condomínios; saiba como driblar a inadimplência
A alta da inflação e do desemprego têm provocado crise dentro dos condomínios. A inadimplência dos condôminos e as contas nas alturas levam a administração dos prédios a cortar gastos e até demitir funcionários. Especialistas recomendam que aumentar tarifas condominiais deve ser o último item da lista de prioridades pelos responsáveis.
“Temos edifícios em que 40% dos moradores simplesmente não estão pagando em dia o condomínio”, revela Dostoiévscki Vieira, presidente do Instituto Pró-Síndico. Segundo ele, cidades cuja atividade econômica principal está em queda são atingidas mais ainda.
Com a taxa de desemprego acima de 8%, as empresas não demitem apenas a mão de obra com mais baixo custo. A retração da economia e o ajuste fiscal do governo federal, as companhias congelam investimentos e cargos mais altos, como gerentes e diretores, também estão sujeitos a cortes.
A mudança no Código Civil, que autorizou que a multa máxima por atraso fosse de apenas 2%, fez que muitos condôminos optassem por pagar o cartão de crédito com seus juros exorbitantes e os serviços considerados essenciais, assim como já fazem com a escola, parcela do carro, luz e telefone.
A taxa de condomínio sofreu reajuste médio de 20,4% nos últimos três anos. Com isso, síndicos estão racionando água e luz, além de reduzir o número de funcionários e até alugar dependências do prédio. Todas as estratégias diminuem em até 50% as despesas, de acordo com o Sindicato da Habitação do Rio (Secovi Rio).
A contenção de água foi o foco do síndico Saul Cusnir, morador do condomínio Golden Garden, em Botafogo. “As antigas acionavam cerca de dez litros. Em Israel, vi que o vaso possui duas alavancas, uma aciona três litros de água e a outra seis. Com a troca do sistema, conseguimos economia de 30%”, diz.
Uma das alternativas encontradas tem sido a terceirização, que transfere o gerenciamento da mão de obra para empresa especializada, podendo apresentar vantagens administrativas mais econômicas e profissionais.
“Boa gestão e apoio de todos contribuem para diminuir valores de despesas de condomínio”, disse Amilton Saraiva, especialista em condomínios da GS Terceirização. Segundo ele, condomínios terceirizados não precisam investir em equipamentos por que muitos já possuem, liberando assim o fluxo de caixa.
Para não ficar no vermelho
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Fundo de reserva: usado em emergência para não recorrer a juros bancários.
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Planejamento orçamentário: leve em conta aumentos como água e luz.
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Empresa de cobrança: recomenda-se contratar uma terceirizada para cobrar os devedores.
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Cobrança definida em assembleia: os prazos devem ser aprovados.
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Protesto: em geral, após 30 dias de inadimplência um título é enviado para cartório de protesto.
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Ação Judicial: nos últimos anos, o tempo do processo judicial foi reduzido.
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Punições: constranger o condômino pode fazer com que o condomínio seja processado por danos morais.
Fonte: http://www.secovirio.com.br/
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