Condomínio de luxo na Barra tem US$4 milhões em obras de arte
Escultura supervisionada por Rodin está avaliada em R$ 2,5 milhões
Candido Portinari, Di Cavalcanti, Frans Krajcberg, Augusti Rodin, Alfredo Ceschiatti, José Pancetti, Roberto Burle Marx, entre outros. Mais parece a escalação dos expositores em uma galeria de arte, mas não é. Como forma de agregar ainda mais valor ao seu empreendimento do segmento de ‘altíssimo luxo’ na Barra da Tijuca (Zona Oeste), Carlos Carvalho Hosken, dono da construtora que leva seu sobrenome, decidiu doar cerca de US$ 4 milhões em itens de seu acervo pessoal de pinturas e esculturas para decorar as áreas comuns do Fontvielle, condomínio residencial recém-inaugurado na Península.
Dentre as obras, merece destaque uma escultura idealizada por Rodin, e que segundo a empresa Carvalho Hosken, teria sido elaborada por um de seus pupilos sob a supervisão do mestre. Instalada no lobby de entrada para pedestres do bloco Maison Grimaldi, “O Beijo”, uma homenagem para Camille Claudel, sua amante, foi feita em bronze e avaliada em R$ 2,5 milhões. A original, esculpida em mármore, encontra-se em Paris, no museu que reúne peças do realista francês.
Além de marcar o ingresso da Carvalho Hosken no mercado AAA, os 90 apartamentos divididos em quatro prédios não oferecem ao morador e seus convidados apenas a exclusividade para apreciar obras de artistas consagrados. As unidades, de 300 ou 400 metros quadrados, custam entre R$ 3,5 milhões e R$ 4,5 milhões, ‘foram alicerçadas sobre um tripé’, como afirma Ricardo Correia, diretor de marketing da construtora:
“Além do acervo de arte encontrado em poucas galerias do mundo, oferecemos o conceito de serviço Premium, de alta qualidade. O spa, por exemplo, é da Renata Abreu, a mesma que opera os da rede de hotéis Fasano. A arquitetura também vale destaque. Peter Gasper, que iluminou o Cristo Redentor, atende pela iluminação. A decoração foi feita pela Débora Aguir, e o paisagismo é do Benedito Abbud”, enumerou.
Ainda segundo Ricardo Correia, a chegada do Fontvielle sinaliza um novo momento na Barra da Tijuca.
“O bairro era sinônimo de novo rich, de emergentes, e isso mudou”, garantiu. “Hoje a Barra tornou-se destino, o desejo. A escolha do Rio como sede das olimpíadas de 2016 transformou a região, que ganhou em obras de infraestrutura e investimentos. Ocorreu em 5 anos o que aconteceria em 30”.
Jacyr Tavares Cunha, da JTavares Consultoria Imobiliária, um dos responsáveis pela comercialização dos apartamentos, disse que não basta ter dinheiro para comprar uma unidade no ‘museu-condomínio’.
“Não existe nada igual no Brasil, não conheço nada assim no mundo”, garantiu. “Para morar aqui a pessoa terá de passar por um filtro”.
Fonte: http://www.jb.com.br
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