Condomínios de luxo investem no controle da emissão sonora
A grande demanda por novas construções acarretou moradias cada vez mais reduzidas, com paredes finas e materiais menos acústicos, não importa o valor do imóvel.
Esta é a hipótese defendida pelo antropólogo Roberto Albergaria para justificar o incômodo sonoro causado pelas vizinhanças soteropolitanas.
"Além disso, a cidade não era 'tapada' pelos edifícios. Dava para ouvir o barulho do mar de longe", conta.
Embora ainda timidamente, o mercado imobiliário começa a dar sinais de sintonia com a crescente demanda por sossego e de que pretende reverter este quadro. Os residenciais mais novos estão implantando estúdios apropriados para os jovens tocarem seus instrumentos, além de proverem os salões de festas com isolamento acústico, segundo o engenheiro da Sonar Olavo Fonseca Filho. Mas essas medidas ainda são insuficientes.
Tendência
Ainda concentrada em casos isolados, a tendência é que a preocupação acústica seja alvo definitivo dos empreendimentos futuros. Em vigor desde 2009, a Norma de Desempenho para Edificações (NBR 15.575) estabelece algumas regras acústicas para as construções.
Regida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a norma determina que deve ser considerada a transmissão sonora de um ambiente para outro. Há critérios tanto para ruído de impacto em piso como para ruído aéreo entre as unidades.
"Qualquer edificação a ser construída deve contar com um consultor acústico. Quando se está na fase do projeto, aumentar o conforto acústico é bem mais barato e perfeitamente viável", afirma Fonseca Filho. "É um mercado em expansão", assinala o antropólogo Albergaria.
Fonte: http://atarde.uol.com.br
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