Má gestão
Síndico inventa sequestro por ter gasto dinheiro do condomínio
Síndico de Maringá confessa que 'inventou' roubo após gastar dinheiro em jogo do bicho
Três dias após registrar um boletim de ocorrência por sequestro seguido de roubo, o síndico de 63 anos do Edifício Residencial Sandra Regina, em Maringá, voltou atrás e admitiu que mentiu. Em novo interrogatório, na última sexta-feira (17), ele confessou à polícia que gastou os R$ 163 mil do condomínio em apostas do jogo do bicho. Na última terça-feira (14) o síndico procurou à polícia e no relato feito ao delegado Clóvis Papa, de Paraíso do Norte, contou que o roubo aconteceu logo após deixar o edifício, localizado na Avenida Mitsuzo Taguchi, para depositar o dinheiro dos condôminos em uma agência bancária. Ele disse ter sido rendido no semáforo da Avenida Tuiuti e levado, sob mira de armas, até Paraíso do Norte. Lá, ele teria sido liberado após entregar o dinheiro para os bandidos. No dia seguinte, o síndico contou a mesma versão ao delegado-chefe da 9ª Subdivisão da Policial (SDP), Sérgio Luiz Barroso, que aceitou com reservas e determinou prioridade na investigação. No entanto, na sexta-feira, o homem voltou a atrás e admitiu a mentira sobre o sequestro e o roubo. Ele confessou que gastou todo o dinheiro em apostas em jogo do bicho nos últimos nove anos, período em que ocupou a função de síndico. No relato, ele explicou que guardava os R$ 163 mil no próprio apartamento a pedido dos condôminos que, por conta de uma dívida do condomínio com a Sanepar, tinham receio de depositar o dinheiro no banco. Ele alegou ainda não ter aberto uma conta em seu nome para administrar o montante para evitar problemas com a Receita Federal. O síndico se disse arrenpendido de ter registrado o BO 'frio' e confidenciou que inventou a história do sequestro seguido do roubo por medo de represálias dos 96 condôminos lesados e da própria esposa. Ele afirmou ainda que pretende "dentro de suas possibilidades financeiras" ressarcir os condôminos através da prestação de serviços ou em dinheiro. O síndico foi indiciado e responderá criminalmente por falsa comunicação de crime e apropriação indébita.
Fonte: http://maringa.odiario.com/