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Ambiente

Macacos em condomínio

Queimadas em MS provocaram deslocamento

sexta-feira, 24 de março de 2023
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Macacos ‘visitantes’ preocupam moradores de condomínio da Capital

Os animais são atrações das famílias e correm risco de perder seus lares

Moradores do condomínio Village das Flores, do bairro Copharadio, estão preocupados com a situação de alguns vizinhos inusitados: os macaquinhos da espécie Sagui. Após um incêndio na mata, localizada atrás do residencial, que serve de moradia para os animais, fez com que eles praticamente sumissem.

Os bichos são a maior atração para quem mora no local. Tania Mara Bezerra, moradora há 17 anos do condomínio, afirmou que já contaram 40 macaquinhos visitantes. Além deles, tinham vários outros animais. Por causa do fogo, diminuiu bastante a quantidade.

“O cenário da janela era muito bonito por causa deles. Ficamos preocupados se vão conseguir um local melhor para viverem”, lamenta Tania. Os seus filhos cresceram com a presença dos animais e sentem falta. Marcela Tavares convive com os saguis há quatros anos e também se sensibiliza. “É triste porque era o melhor atrativo”, lamenta.

Segundo o biólogo José Hamilton Longo, essa espécie de macaco, provavelmente do gênero Callithrix penicillata, era comum nos fundos de vale dos córregos de Campo Grande. “Está ficando com a população escassa por causa da supressão dos ambientes que eles precisam para sobreviverem e se alimentarem”, diz.

Longo ainda explicou que a ocupação desordenada, o fogo, o desmatamento, resultando na falta de alimentos e abrigo para todas as espécies que necessitam destas condições e recursos, a tendência é escassear ou até mesmo extinguir localmente estas espécies, incluindo estes mamíferos.

O jornal Midiamax entrou em contato com a Polícia Militar Ambiental para saber o que fazer em casos como esses. De acordo com a autoridade, os macacos são animais difíceis de capturar. Para isso, é preciso ter uma estrutura própria. O correto é verificar com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), por meio do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), para avaliar se há, ou não, a necessidade de remoção. Contudo, a reportagem não conseguiu retorno de ambas as entidades.

Fonte: https://www.campograndenews.com.br

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