Carros de condomínio prejudicam trânsito em via do Campo Limpo
O projeto original de um condomínio, datado de 1984, não previu a expansão do distrito do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, nem o aumento do trânsito na região. É o que afirmam os moradores do conjunto Parque das Orquídeas, que viram a entrega de mais 20 prédios no fim de 2012.
“Primeiro houve o lançamento da primeira fase, com 13 torres. Depois passou um tempo e agregaram mais sete. Se [o estudo] tivesse sido feito há cinco anos, não teria sido aprovado assim”, conta o publicitário Mauro Toledo, 38, também subsíndico do residencial.
Carros estacionados de forma irregular, principalmente nos fins de semana, prejudicam a circulação de microônibus na Estrada dos Mirandas, onde está situado o conjunto. Como consequência, a via não comporta o fluxo de veículos e acidentes de trânsito são frequentes. Mais de 3 mil pessoas estão espalhados em 58 prédios, que somam 1.042 apartamentos.
Projeto de condomínio é de 1984 e não previu expansão do distrito
“Comportamos uma vaga por residência e há pessoas que têm dois carros. Então, um automóvel tem de ficar para fora, o que estreita ainda mais a rua. Duas lotações não passam”, diz o engenheiro civil Rafael Hoffmann, 29.
Os moradores solicitaram para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) uma placa de “proibido estacionar” no local, como forma de solucionar o problema. “Não tivemos nenhuma resposta”, reclama o analista de sistemas Sergio Prado, atual síndico do empreendimento.
Desde dezembro, a instalação de dois radares na Estrada do Campo Limpo, em frente a uma das garagens do residencial, também tem gerado queixa. O equipamento multa quem anda na faixa da direita (exclusiva para ônibus), o que atrapalha os moradores.
“A via é muito movimentada. Se você não dá a seta antes para acessar a faixa da direita, não consegue passar”, reforça o biomédico Fábio Renato, 33.
Procurada, a CET respondeu que os moradores do condomínio podem entrar e sair normalmente da garagem e que só serão autuados se forem pegos, sequencialmente, ao passar pelos dois equipamentos existentes na via.
Sobre os veículos estacionados de forma irregular, o órgão disse que está elaborando um projeto que prevê a colocação de placa de proibido estacionar no local, mas não informou o prazo. O órgão também reforçou que vai intensificar a fiscalização.
Em resposta, a Secretaria Municipal de Licenciamento destacou que o alvará de aprovação e execução que deu origem ao condomínio é de 1984, quando não existia a figura do polo gerador de tráfego e as exigências de contrapartidas em melhorias viárias.
Fonte: http://mural.blogfolha.uol.com.br/
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