Preservar o patrimônio e a cidade é lucrativo
Manutenção preventiva e posturas cidadãs promovem economia doméstica e qualidade no meio urbano
Nos recentes períodos marcados por fortes chuvas, moradores em condomínios e casas individuais se viram às voltas com problemas de vazamentos em telhados, para-raios ineficientes, enxurradas à porta de casa. Antes que as chuvas voltem a cair pesado, duas atitudes são fundamentais: realizar manutenção preventiva, especialmente em telhados; e rever posturas no tratamento dispensado à destinação dos “entulhos” domésticos.
Hora de rever, por exemplo, o conserto emergencial aplicado ao telhado. Não se iluda: o conserto que não foi além de “gambiarra” porque as chuvas impediam, não evitará que os problemas com vazamentos voltem a ocorrer. Rever a solução emergencial é indispensável e urgente, tanto para evitar vazamentos, como para resolver encanamentos entupidos.
Responsabilidades
No caso de condomínios, o síndico é o responsável pelos serviços de prevenção e proteção da estrutura predial, e também a contratação da empresa de manutenção. Ele terá que decidir qual é a alternativa mais eficiente e com melhor custo-benefício para os moradores.
Conforme orienta a Administradora ORG, nos condomínios ou casas é importante levar em conta que as calhas, rufos metálicos e antenas de televisão devem ser ligados diretamente aos para-raios. O trabalho de prevenção tem que observar também o aterramento do fio, evitando danos a equipamentos eletroeletrônicos.
Moradores, proprietários ou inquilinos, orienta a ORG, devem fazer periodicamente uma revisão no sistema de calhas, telhado, para-raios, ralos e outros, para não serem pegos de surpresa. O ideal é uma inspeção periódica, que deve ser feita o ano inteiro e evita gastos elevados, fatalmente assumidos quando o problema se agrava.
Pontos frágeis
“Os para-raios precisam de inspeção anual, enquanto o desentupimento das calhas é garantido com limpeza periódica. A rede de esgoto deve passar por revisão. Resto de alimentos, gordura, pano, plástico, papel, entre outros, podem entupir a rede. Para evitar refluxo de dejetos, moradores devem evitar o lançamento desses artigos em vasos sanitário, ralos e pias”, recomenda o diretor da ORG, João Carlos Jimenez Horta.
Horta comenta que, em relação aos telhados de condomínios, é comum em épocas de chuvas e ventos fortes ocorrerem vazamentos de água nas coberturas. “Isto se dá devido a telhas quebradas ou fora de posição, problema de fácil solução. Também, é necessário que os sistemas de escoamento, incluindo os ralos, estejam desobstruídos, para que suportem grandes volumes de água. Com este cuidado, ficam eliminados os riscos de inundação nas áreas comuns do térreo, ou até mesmo na garagem”, diz o dirigente.
Horta recomenda ainda que, nos condomínios, é importante prestar atenção aos geradores. “A instalação de equipamentos de geração de energia elétrica evita transtornos de segurança em relação ao sistema interno de televisão, bombeamento de água para caixas superiores e funcionamento de elevadores”, alerta.
Postura cidadã
Ressaltando que a manutenção preventiva evita gastos muito mais elevados, quando o problema se manifesta em seu auge, Horta lembra que os cuidados para evitar transtornos em épocas de chuva devem ser estendidos ao comportamento comunitário.
“Infelizmente, ainda persiste o hábito de jogar lixo nas ruas, o que é infalível para colaborar com o entupimento de bueiros e bocas-de-lobo. Este comportamento deve ser evitado, assim como o acúmulo indiscriminado de garrafas, latas e pneus, que retêm a água da chuva e são fontes de proliferação do mosquito causador da dengue”, finaliza João Carlos Jimenez Horta, diretor da administradora condominial ORG, que atua na região do bairro Tucuruvi, Zona Leste da cidade de São Paulo.
Fonte: http://exame.abril.com.br
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