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Administração

Medidas de segurança

Condomínios têm uma série de pré-requisitos a serem seguidos

terça-feira, 22 de julho de 2014
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Pronto para emergências

A brigada de incêndio - obrigatória desde o ano passado - aumenta a chance de se evitar uma tragédia
 
Desde o ano passado, os condomínios residenciais e comerciais com mais de 100 pessoas precisam ter uma brigada de incêndio, uma equipe preparada para atuar com agilidade e eficiência em casos de princípio de incêndio e de atendimento a primeiros socorros, mas em Maringá, ainda tem síndico tentando convencer os moradores a participar. Pelo menos 80% dos funcionários de um condomínio e pelo menos um morador por andar ou quadra em condomínio horizontal devem receber o treinamento.
 
Apesar de a lei ser de 2012, o período de conscientização levou pelo menos um ano e agora o Corpo de Bombeiros está intensificando a fiscalização. Para regularizar a situação e conseguir a aprovação do auto de vistoria, só a equipe de brigadistas não basta.
 
A coordenadora regional do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi), Rosângela Lazarin Alfredo, destaca que serão fiscalizados também a infraestrutura e os equipamentos de emergência.
 
"Há condomínios que ainda precisam instalar o para-raios e outros não têm o sistema de gás encanado, fora isso o custo do curso de formação de brigadista é alto e o sindicato levou algum tempo para poder oferecê-lo gratuitamente", diz.
 
Até o momento o sindicato formou duas turmas de 70 integrantes cada, outra turma está em formação. Cada edição do curso tem pelo menos nove horas, três delas dedicadas à parte prática. O problema é o custo. Um condomínio não associado, por exemplo, terá que desembolsar cerca de R$ 2 mil para treinar oito pessoas.
 
Outro detalhe, a certificação é válida por apenas um ano e pode ser até menos, caso mais da metade dos membros se mude. Nesse caso é preciso formar uma nova equipe. Em Maringá,1.238 condomínios verticais e 280 horizontais são cadastrados junto ao sindicato, nem todos são residenciais.
 
Alguns shoppings e prédios comerciais já dispõem de equipes de brigadistas, por outro lado, alguns condomínios residenciais são pequenos e estão dispensados da obrigatoriedade.
 
O chefe de Prevenção de Incêndios do Corpo de Bombeiros de Maringá, 1º tenente Alexandre Ferelli, diz que está em curso o levantamento dos condomínios que já formaram a brigada de incêndio, mas acredita que 90% deve se adequar antes da próxima vistoria, que nos condomínios com mais de 100 pessoas acontece a cada dois anos.
 
"Nós temos como parâmetro o número de advertências que, em relação a 2013, caiu pela metade. Quando os bombeiros encontram uma situação irregular, o condomínio tem três meses para providenciar os ajustes, seja equipamentos ou a formação da brigada, então a fiscalização retorna. Na segunda notificação, o prazo é de 30 dias, depois disso o caso é levado ao Ministério Público e o responsável está sujeito à ação na Justiça".
 
Além do custo, outro entrave para a formação da brigada de incêndio é a falta de adesão dos moradores à convocação. "A maioria dos condomínios tem equipes em treinamento, mas em outros ainda faltam os moradores", afirma o síndico Rinaldo de Andrade Toná.
 
De acordo com o sargento Vanderlei de Oliveira Tavares, ombeiro militar, os moradores não precisam temer, uma vez que não compete aos brigadistas fazer o trabalho dos bombeiros. Eles, por outro lado, têm o mérito e a responsabilidade de prevenir o problema e promover uma evacuação de forma ordenada, que pode salvar vidas.
 
Independente do local, comercial ou residencial, numa situação de emergência como um incêndio, que gera pânico, retirar os moradores ou usuários do local de forma ágil e eficiente evita ainda uma multidão em fuga desordenada, o que pode resultar em tragédia.
 
Um incêndio não é a única hora em que o brigadista vai agir. Sargento Tavares lembra de um incidente num hotel, em que o hóspede, durante um mergulho, bateu a cabeça no fundo da piscina. Ele perdeu os sentidos e foi atendido rapidamente pelos brigadistas, que prestaram os primeiros socorros até a chegada dos socorristas - esse tipo de situação poderia ter acontecido em qualquer condomínio residencial.
 
Aliás, na rede hoteleira a brigada é essencial, por isso o Maringá e Região Convention & Visitors Bureau promove vários cursos de formação de brigada - o próximo está programado para agosto. O instrutor do treinamento será o sargento Tavares, que também é pós-graduado em urgência e emergência em resgate pré-hospitalar.
 
"Mais do que estar em dia com a legislação, o curso de brigada de incêndio para o trade turístico capacita os funcionários de hotéis, restaurantes, casas noturnas, buffets e salões de eventos, visando evitar situações de risco e agir rapidamente para salvar vidas", destaca a superintendente executiva do Maringá e Região Convention & Visitors Bureau (MRCVB), Yara Linschoten.
 
Inscrições e mais informações sobre o curso pelo telefone 3031-5959.
 
CONTEÚDO
 
De acordo com a NBR 14.276 Programa de Brigada de Incêndio, o curso tem validade de um ano, mas pode expirar antes caso aconteça alteração de 50% dos membros da brigada. As instruções dos participantes são dadas em três pilares: prevenção de incêndio, evacuação em emergências e primeiros socorros. 

Fonte: http://maringa.odiario.com/

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