Porteiro e condôminos são os responsáveis por diminuírem os riscos
terça-feira, 19 de junho de 2012
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Responsabilidade pela segurança no condomínio não é só do porteiro
Moradores devem colaborar e seguir as regras do prédio.
Morar em condomínio já foi sinônimo de segurança, mas hoje não é bem assim. Os assaltos em prédios se tornaram mais frequentes. Para diminuir os riscos, o jeito é redobrar a atenção. Todos precisam cuidar para que os condomínios sejam lugares seguros, pois a responsabilidade não é só do porteiro.
Na Vila Matilde, Zona Leste da capital, os 120 moradores têm uma preocupação em comum – a segurança. “O importante é segurança. Temos que ter uma segurança porque em todo lugar está preocupante”, diz o aposentado Paulo Pressalto.
Para tentar inibir os assaltos, o condomínio conta com equipamentos de segurança como cerca elétrica, câmeras, sensores de movimento e grandes.
“Isso dá mais segurança para o morador. Nós pensamos que isso pode inibir a ação de algum ladrão ou algo assim”, completa o consultor de negócios Fernando Suzuki.
Os equipamentos são muitos, mas o morador também precisa colaborar. Por uma questão de custo, durante o dia não fica ninguém na guarita. Na entrada de pedestre funciona um porteiro eletrônico onde só entra quem tem a chave ou com autorização de quem está dentro do prédio. Já para entrar na garagem cada morador recebe um controle remoto.
Multa para portão aberto
Esquecer o portão aberto custa caro. “Pode chegar a custar em torno de R$ 2 mil se esquecer um portão aberto. Já aconteceu duas vezes. Dois moradores acabaram esquecendo”, relata o síndico Erick Viterbo. A multa foi aprovada em assembleia para evitar que o descuido de uma pessoa deixe vulnerável todo o sistema de segurança do prédio.
O morador que comete imprudências que podem provocar sérios acidentes também é punido, com a mesma multa salgada. Afinal, pensar em segurança não é só se preocupar com criminosos. “A pessoa colocar vaso numa área de varanda, onde pode cair e machucar alguém; jogar uma bituca de cigarro que pode botar fogo no apartamento debaixo”, explica Viterbo.
Em outro condomínio no Jardim Alzira, região de Interlagos, Zona Sul, são duas torres, 200 apartamentos e quase 700 moradores. Uma empresa de segurança foi contratada para fazer o controle na guarita e garagem, por isso tem sempre alguém de olho nas imagens registradas pelas 16 câmeras do prédio. Quando o morador chega em casa aciona o controle remoto do portão e um sistema eletrônico avisa o porteiro quem está chegando.
Com um fluxo tão grande de pessoas e de veículos, cada detalhe faz a diferença para manter a segurança de quem vive e trabalha no prédio. Estranhos não entram, a não ser que a isso esteja bem avisado e documentado. “Pra prestação de serviço existe uma ficha que o morador tem que preencher e entregar na portaria alguns dias antes. No dia que o prestador chegar o porteiro vai identificar direitinho a empresa”, conta a sub-síndica Patrícia Pestana.
Para o especialista em segurança em condomínios, Hamilton Saraiva, a proteção do condomínio está baseada em três pontos. “Mão de obra especializada e treinada, equipamentos e o condômino. Esses são os três pilares que devem trabalhar num sincronismo perfeito. Caso qualquer um desses tenha falha, você está gerando risco na segurança. O morador deve seguir as regras e colaborar com a segurança do condomínio.”
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