Edifício que substitui World Trade Center tem observatório e memorial
Nova York levou 13 anos para voltar a ser observada de cima. O novo observatório, inaugurado em maio, é um sucesso entre os turistas.
O prédio mais alto do ocidente é um memorial, numa cidade que busca superar os ataques de setembro de 2001. Essa é Nova York de 2015 que inaugurou um observatório no topo do prédio que substitui o World Trade Center.
Nada como um dia depois do outro, certo? Não. Nada como 13 anos depois. Foi o tempo que Nova York levou para se ver de novo desse ângulo.
O novo observatório, inaugurado no fim do mês passado, já é um sucesso.
Aqui a gente ouve as histórias dos trabalhadores, engenheiros, pedreiros, eletricistas, que construíram o World Trade Center. Mais à frente, a viagem é para cima, e dura só 47 segundos. Tempo suficiente para ver as transformações da região nos últimos 500 anos.
Antes da cereja do bolo, tem mais um vídeo. Até que a tela descortina a paisagem no topo do prédio. É cidade a perder de vista.
A gente vê Manhattan como se fosse um passarinho. Que tal almoçar ou jantar com uma vista dessa? O restaurante serve comida americana, mas o cardápio aqui, convenhamos, é o que menos importa.
Para enxergar lá embaixo, só dando uma espiada nesse pedaço. Parece um chão de vidro, mas é um vídeo que mostra em tempo real o que está acontecendo na rua.
Daqui de baixo, é a sensação oposta. Tem de levantar o pescoço - e muito - pra ver o final do prédio que, daqui, parece um triângulo. São 102 andares.
O presidente do observatório diz que a missão do lugar é olhar pro futuro de forma otimista.
Mas foi na terra a maior transformação. Quarteirões que passaram anos fechados ao trânsito - estão de novo abertos ao público. E como tem gente! Mas também tem calmaria.
O barulho da água lembra as mais de duas mil vítimas do atentado de 2001. O memorial é outro sucesso, ao lado do museu que conta a história da tragédia.
No subsolo, o longo corredor branco leva a uma plataforma de trem novinha, toda de mármore.
A próxima novidade é essa estrutura gigante, parece uma ossada. É a entrada da estação, um projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, que já consumiu mais de três bilhões de dólares.
Aiman, o vendedor de cachorro quente, está feliz com bem menos. "tem muita gente vindo", ele diz, "e as vendas... Não dá pra reclamar".
Depois do atentado, os bairros vizinhos criaram um ônibus gratuito para estimular o turismo. Hoje, ganharam restaurantes, shopping centers com lojas de grife, e ainda conseguem preservar um arzinho de cidade pequena, bem do lado do centro financeiro.
É que tem parque para todo lado, barcos, marinas. Foi aqui que encontramos duas figuras: Steven e Noble são nigerianos. Vieram posar para fotos do site de moda que eles têm. "Essa paisagem é uma inspiração, como tudo em York".
O observatório do prédio mais alto do ocidente agora está ali, como um símbolo de superação, um farol guiando a cidade. Era uma lacuna na paisagem, que agora foi preenchida.
Fonte: http://g1.globo.com/
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