Mercado aquecido em SP
Capital teve aumento no número de vendas de imóveis
Mercado de imóveis novos na Capital apresenta bons resultados em novembro
Conforme pesquisa do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), vendas do penúltimo mês de 2018 cresceram 36,5% em relação às registradas em outubro
A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), apurou em novembro de 2018 a comercialização de 3.843 unidades residenciais novas. O resultado foi 36,5% superior às 2.815 unidades comercializadas em outubro, e se manteve estável frente às vendas de novembro de 2017 (3.869 unidades).
No acumulado de janeiro a novembro de 2018, foram vendidas 24.725 unidades, um aumento de 32,5% em comparação ao mesmo período de 2017, quando as vendas totalizaram 18.660 unidades.
Imóveis de dois dormitórios destacaram-se nas vendas, correspondendo a mais de dois terços (67,3%) do total comercializado em novembro do ano passado. “As unidades compactas com até 45 m² de área útil continuam com boa aderência ao mercado, assim como os imóveis com preço até R$ 240 mil”, ressalta Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
Lançamentos
De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou, em novembro do ano passado, o total de 6.068 unidades residenciais lançadas, resultado 29,3% superior ao mês de outubro (4.694 unidades) e 7,3% abaixo do de novembro de 2017 (6.549 unidades).
Com um total de 25.042 imóveis lançados no período de janeiro a novembro de 2018, que representaram crescimento de 15,8% em relação ao ano anterior (21.629 unidades), pela primeira vez no ano, os lançamentos superaram as vendas.
Recuperação
Apesar da ligeira retomada dos lançamentos, ainda preocupam o setor as restrições da Lei de Zoneamento, que precisa de calibragens pontuais para estimular a recuperação do mercado na cidade de São Paulo. “Ainda aguardamos os ajustes necessários na Lei de Uso e Ocupação do Solo para voltarmos a lançar novos empreendimentos”, diz Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Sindicato da Habitação.
“O consumo das unidades ofertadas, aliado à retomada da produção imobiliária dentro das regras urbanas mais restritivas, que elevam os custos de produção, pressionará os valores dos imóveis novos. Esta é uma das razões que nos levam a defender a rápida calibragem da lei de zoneamento”, completa Petrucci.
Kallas ressalta, ainda, que na cidade de São Paulo há poucos terrenos viáveis para incorporação de novos empreendimentos imobiliários. “As áreas viáveis para empreendimentos imobiliários estão se esgotando e o valor resultante da outorga para empreender fora destas áreas inviabiliza os empreendimentos.
Este valor impacta fortemente nos preços de venda dos imóveis, que ficam altos demais para os consumidores. Além disso, os empreendimentos viáveis apresentam produtos imobiliários muito semelhantes, para nichos específicos da demanda e deixam de atender a outras necessidades do mercado.”
De acordo com o vice-presidente, o custo da terra tende a aumentar no segundo semestre deste ano em função da recuperação da economia e da crescente escassez de áreas para empreender, decorrente da retomada acelerada das atividades do setor imobiliário. Para ele, a escassez de áreas é facilmente detectada pelos proprietários de terras urbanas que, por sua vez, aumentam os preços de seus insumos e pressionam os valores dos imóveis.
“Apenas a revisão da Lei de Zoneamento poder reequilibrar as relações entre preço de terreno, valor de outorga e valor final do imóvel para o consumidor, permitindo aos empresários atender à ampla demanda por diversos tipos de moradia no município de São Paulo”, diz Kallas.
Oferta
A capital paulista encerrou o mês de novembro de 2018 com a oferta de 20.237 unidades residenciais disponíveis para venda. Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (dezembro de 2015 a novembro de 2018). A quantidade de imóveis ofertados aumentou 10,6% em relação a outubro (18.293 unidades) e 3,6% em comparação a novembro de 2017 (19.538 unidades).
“Tivemos feriados prolongados em novembro do ano passado e, mesmo assim, não houve impacto nas visitações dos plantões de vendas da capital. Entendemos esse comportamento como reflexo do aumento da confiança dos empresários e dos compradores com os novos rumos do País. Em uma economia liberal, sem interferência do Estado na gestão das empresas, o mercado tende a se regulamentar, alcançando equilíbrio e crescimento sustentado”, opina Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP.
O desempenho do mês de novembro de 2018 comprova que a recuperação do setor está se consolidando. “Isso nos leva a traçar um cenário positivo para o ano de 2019. Olhamos para o Brasil com otimismo e confiança renovada, que se refletirão no crescimento das vendas de imóveis novos, usados, residenciais, comerciais e industriais. Acreditamos que 2019 será um ano bastante saudável, com os empreendedores lançando produtos adequados a regiões e públicos”, conclui Jafet.
Fonte: http://www.secovi.com.br