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Mercado aquecido

Em Sorocaba (SP), lançamentos aumentam 70% em um ano

quinta-feira, 4 de outubro de 2012
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 Lançamento de imóveis novos cresce 70%

O preço do metro quadrado de obra valorizou até 38,9% em um ano
 
Um estudo feito pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP) mostra que, em 12 meses, o lançamento de imóveis residenciais novos teve alta de 70% em Sorocaba. De outubro do ano passado até setembro deste ano foram lançadas 4.732 unidades, durante o mesmo período do ano passado os lançamentos somaram 2.787 unidades. O preço do metro quadrado (m2), nesse mesmo período, teve valorização de até 38,9%, variando de acordo com o número de quartos, com a liderança ocupada por imóveis de dois dormitórios. A pesquisa foi feita levando em consideração apenas unidades residenciais novas construídas em condomínios tanto horizontais como verticais.
 
Realizado pelo Secovi em conjunto com a Robert Michel Zarif Assessoria Econômica, o estudo teve o objetivo de quantificar e medir na cidade o desempenho da comercialização de residências novas em condomínio. A maior parte dos lançamentos foi de empreendimentos verticais, que totalizaram 3.880 unidades residenciais, valor que corresponde a quase 82% do total. Nesse segmento, a liderança ficou com apartamentos de dois ou três dormitórios. Presidente regional do Secovi, Flávio Augusto Ayres Amary informa ainda que, durante esse período, não houve nenhum lançamento de apartamentos de quatro dormitórios. 
 
"O foco maior são imóveis de dois quartos ou com metragem de 46 a 65 metros quadrados", informa ele. São unidades que, segundo Amary, demoram cerca de oito meses para serem comercializados sendo que a demanda maior são por casas ou apartamentos de até R$ 300 mil. O estudo mostrou ainda um volume maior de empreendimentos lançados nas zonas norte e oeste de Sorocaba. "Houve um espalhamento dos lançamentos com busca de novas oportunidades fora das áreas já saturadas", comentou.
 
Para Flávio Amary, o crescimento da procura pela zona norte não é consequência exclusiva do desenvolvimento econômico experimentado por esta região da cidade. "A zona norte começou a crescer antes da Toyota, essa expansão começou na década de 80", afirmou o presidente regional do Secovi. Para os próximos anos, diz Amary, o crescimento de 70% no lançamento de imóveis novos não deve se manter. Segundo ele, a tendência é que haja uma acomodação do mercado.
 
Sobre o reflexo desse cenário no preço dos imóveis, Amary avalia que o alto número de lançamentos imobiliários força para baixo o custo das unidades habitacionais.
 
"Tivemos uma valorização natural dos imóveis mas a tendência é que a oferta maior deixe os preços mais acessíveis", afirmou. A valorização mais expressiva foi registrada entre os imóveis de dois dormitórios, segmento em que o metro quadrado passou de R$ 2.289 para até R$ 3.181. No caso das residências novas com três quartos, o custo do metro quadrado, que era R$ 2.928, está em R$ 3.633, nesse caso a valorização foi de 24%.
 

Minha Casa Minha Vida

 
O programa habitacional do governo federal Minha Casa Minha Vida (MCMV) é apontado como um dos responsáveis pela alta de 70% no lançamento de imóveis residenciais novos. Presidente regional do Secovi, Flávio Amary afirma que uma parte considerável dos lançamentos se enquadram no programa que pode conceder subsídios de até R$ 17 mil. Segundo ele, 52% dos compradores são pertencentes à classe média atendida pelo MCMV.
 
Aos 31 anos, o auxiliar de produção Marcos Aurélio da Silva aproveitou o momento para comprar seu primeiro imóvel próprio. Dentro do perfil dos compradores, Silva comprou, ainda na planta, um apartamento de dois dormitórios. As chaves serão entregues em 2014 pela construtora e o financiamento com a Caixa Econômica Federal (CEF) será de dez anos. "Consegui o subsídio total, vou usar o FGTS e vendi meu carro para dar como entrada", conta ele.
 
O aquecimento, diz Amary, movimenta toda uma cadeia econômica com a geração de empregos e aumento de demanda por outros serviços e produtos ligados ao setor residencial. Esse cenário também é sentido no mercado imobiliário. Diretor comercial da AE Patrimônio, Alexandre Oliveira afirma que a alta demanda era esperada para o segundo semestre desse ano.
 
"Estamos vivendo também um avanço na verticalização, graças ao crescimento da cidade e a valorização do preço por metro quadrado", afirma. Para ele, o bom momento atual do setor deve continuar por conta do déficit habitacional atual, situação que deve ser intensificada com a vinda de grandes indústrias e empresas de ramos variados para a cidade.

Fonte: www.cruzeirodosul.inf.b

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