Empresas têm dificuldades para preencher vagas de porteiro
Muitos chefes não exigem qualificação, mas sobram oportunidades. Piso salarial é de R$ 987, além dos benefícios.
Depois de dez anos trabalhando como porteiro, Carlos Alberto Fernandes foi promovido a plantonista de operações. Mas não esquece da profissão que começou a seguir por influência do pai.
"Meu pai foi porteiro por muitos anos, foi vigilante, hoje também é supervisor de uma empresa de segurança. E foi o que, na realidade, me deu vontade de crescer nessa parte", conta.
A função de porteiro está em alta no mercado de trabalho da região de Jundiaí (SP), mas as empresas têm enfrentado problemas para preencher as vagas disponíveis. Muitos chefes não exigem qualificação nenhuma e ensinam o que deve ser feito ao contratado. Mesmo assim, sobram oportunidades.
Em uma empresa prestadora de serviços, que conta com cerca de 130 porteiros, são realizadas ações internas para atrair funcionários. "Quem indica um funcionário, após três meses, ganha um prêmio. Nós procuramos fazer uma campanha para que os próprios colaboradores convidem pessoas do seu círculo a virem trabalhar na nossa empresa", explica a diretora Odete Amaro.
O piso salarial de um porteiro atualmente é de R$ 987, além dos benefícios, como auxílio-refeição de R$ 11 por dia e cesta básica ou cartão-alimentação, no valor de R$ 90 por mês. A jornada de trabalho é de 12 horas por 36 de descanso.
Perfil amplo
No Posto de Atendimento ao Trabalhor (PAT) da cidade, toda semana há vagas disponíveis para porteiro. O perfil exigido pelas empresas para contratação, ressalta a coordenadora da unidade, Maria Aparecida Gibrail, é bem amplo.
Varia entre homens e mulheres, de várias idades e com diferentes níveis de escolaridade e experiência. "Como a gente já começa a ter falta desse tipo de profissional, algumas empresas aceitam e dão treinamento quando a pessoa tem uma postura boa e é educada para o trato com o público", completa.
Fonte: http://g1.globo.com/
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