Unidades de 2 dormitórios responderam por 67,8% do total comercializado no mês, demonstrando forte demanda pelo segmento
O total de imóveis novos residenciais comercializados em agosto na cidade de São Paulo atingiu 2.234 unidades, frente às 2.722 vendidas em julho. Já em relação ao mesmo mês de 2010 (1.638 unidades), o resultado foi bastante favorável, com alta de 36,4%.
De acordo com a Pesquisa Secovi-SP sobre o Mercado Imobiliário, realizada mensalmente pelo Departamento de Economia e Estatística, o indicador de desempenho de comercialização VSO (Vendas sobre Oferta), apresentou retração, com média de 13,3%, contra os 16,9% de julho. O VSO mede a relação entre o total de unidades vendidas no mês e a oferta existente (saldo remanescente acrescido de lançamentos no mês).
Em agosto, conforme a pesquisa:
- 80% das unidades comercializadas (1.784 imóveis) se encontravam no período de Lançamento, ou seja, nos primeiros seis meses desde o momento em que foram colocados em oferta no mercado;
- O segmento de 2 dormitórios foi responsável por 67,8% das vendas (1.514 unidades). Imóveis de 3 dormitórios responderam pela venda de 469 unidades e participação de 21%;
- Mais da metade do total comercializado no mês (1.226 unidades e 54,9%) possuía área útil média entre 46m² e 65 m².
“Os aspectos acima demonstram que a oferta de imóveis novos na cidade está plenamente aderente a demanda do mercado”, avalia Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
Lançamentos
A Capital teve 3.687 unidades residenciais lançadas em agosto, um crescimento de 35% diante do resultado de julho (2.732 unidades). O volume foi 111,8% superior ao lançado no oitavo mês de 2010 (1.741 unidades). De acordo com a Embraesp – Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio, o segmento de 2 dormitórios participou com 48,5% (1.788 unidades).
O processo de reposição da oferta de imóveis na cidade se mantém, com o volume lançado no mês excedendo as vendas em 1.453 unidades. O estoque de unidades em oferta gira em torno de 14.600 imóveis.
Dados da Embraesp indicam que o total de lançamentos residenciais na cidade de São Paulo cresceu 14% comparado ao período de janeiro a agosto de 2010. O volume lançado nos oito meses deste ano foi de 20.411 imóveis, contra 17.904 unidades do mesmo intervalo do ano passado, o que leva o Secovi-SP a reforçar a estimativa de 38 mil unidades lançadas em 2011.
Região Metropolitana de São Paulo
A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) – composta por 39 municípios, incluindo a Capital – registrou um total de 5.072 unidades vendidas, com alta de 11,4% diante das 4.554 unidades negociadas em julho. Em comparação com agosto de 2010 (3.825 unidades), o aumento foi de 32,6%. Já o VSO médio da região ficou em 15,6%, ante 14,7% de julho.
A Capital, que participou com 44% do total comercializado na Região Metropolitana, teve comportamento de vendas adverso em relação aos demais municípios. “A dificuldade de viabilizar o desenvolvimento imobiliário na cidade de São Paulo resulta de vários motivos, que vão desde a escassez de terrenos até os entraves produzidos pela legislação urbanística, que afetam e afetarão as atividades do setor”, diz Petrucci.
Acumulado
O economista-chefe enfatiza que, a cada edição mensal deste ano, a pesquisa realizada pela entidade demonstra redução na diferença do total de unidades comercializadas em relação a 2010.
O volume comercializado na cidade de São Paulo de janeiro a agosto de 2011 atingiu 16.636 unidades, total 23,8% inferior ao acumulado nos oito primeiros meses de 2010. “Sempre é bom lembrar que essa diferença já foi de 49,6% na comparação do primeiro trimestre e de 28,6% no período de janeiro a julho do ano passado.”
Já na Região Metropolitana, as vendas acumuladas no período de janeiro a agosto deste ano chegaram a 33.804 unidades, 19% abaixo do volume registrado no mesmo intervalo de 2010, com 41.722 unidades.
Considerações finais
O fato de o segmento de 2 dormitórios representar 67,8% das unidades comercializadas no mês é um franco sinal de que há demanda por esse tipo de imóvel. Para o economista-chefe do Secovi-SP, trata-se de demanda represada por conta da inexistência de produtos e de condições adequadas para aquisição de imóveis nas últimas décadas – um cenário que começa a se modificar.
Fonte: http://www.secovi.com.br/
Matérias recomendadas