Milícias no RJ
Mais um prédio irregular é interditado pela polícia
Força-tarefa contra milícias interdita mais um prédio irregular no Recreio
Prédio em construção não possuía licença ou responsável técnico e nunca havia sido fiscalizada por órgão público. Na quarta-feira (16) um outro empreendimento foi interditado pelos agentes da Força-tarefa
Policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) interditaram, nesta quinta-feira (17), um empreendimento em construção no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O prédio estava sendo erguido sem licença ou orientação de um responsável técnico e nunca havia sido fiscalizado por um órgão público.
A ação fez parte da Força-tarefa da Polícia Civil contra as milícias no Rio e os agentes cumpriram mandados de interdição e de busca expedidos pela Justiça. Na quarta-feira (16), a mesma Força-tarefa já havia interditado outro empreendimento irregular no Recreio dos Bandeirantes. O prédio em construção possuía as mesmas irregularidades do que foi interditado nesta quinta.
No local interditado nesta quinta, os policiais identificaram Leandro da Silva Almeida como o responsável pelo empreendimento. De acordo com a polícia, ele afirmou ser o único responsável pela execução do projeto e pelo custeio das obras. O homem disse ainda que o prédio teria 37 unidades, incluindo cinco coberturas duplex.
Segundo o responsável, todas as unidades já haviam sido vendidas, mesmo sem a apresentação de memorial de incorporação ou descritivo. O empreendimento localizado na rua FW foi apontado pelas investigações por crime ambiental de parcelamento irregular do solo.
Para evitar acidentes no local, o delegado titular da DPMA, Mário Andrade, pediu à Justiça que a obra fosse suspensa e que o empreendimento fosse fiscalizado pelos órgãos públicos.
Atuação da milícia
De acordo com as investigações da Polícia Civil, "o modus operandi do investigado é idêntico ao adotado pela milícia que atua naquela região, ou seja, levantamento de empreendimentos sem nenhum tipo de documentação, ao arrepio da lei e sem nenhum comprometimento com projetos de arquitetura, urbanísticos, etc...".
Em função dos indícios da participação de Leandro Almeida na atuação da milícia da região, o delegado responsável pediu um mandado de busca e apreensão para a residência e o endereço comercial do investigado.
Segundo a polícia, as milícias se utilizam do mercado imobiliário para branquear os valores obtidos em outras atividades ilícitas.
Na terça-feira (15), os agentes da DPMA prenderam em flagrante um homem suspeito de ser responsável por um areal clandestino em Seropédica, na Baixada Fluminense. Segundo a polícia, o areal era explorado pela milícia.
Fonte: https://g1.globo.com