Quase metade dos moradores de condomínios não estão satisfeitos com os síndicos
O que leva a aprovação do síndico ser baixa, como melhorá-la, ou como deixar o cargo de forma amigável. ...
Pesquisa feita por uma associação de síndicos profissionais mostra que quase 50% dos moradores de condomínios têm reclamações contra o síndico e não estão satisfeitos com a sua gestão. A principal queixa contra os “prefeitos do condomínio” é que eles não resolvem as reclamações dos moradores – que são muitas, de várias naturezas: desde a vaga na garagem, passando pelo cachorro do vizinho que não para de latir, a falta de espaço para as crianças, os problemas nas áreas comuns do condomínio, etc.
“É difícil agradar, sempre tem alguém que não concorda, mesmo com a decisão que parece mais acertada e com o apoio da maioria. Não tem jeito, o síndico nunca agrada a todo mundo”, comenta Carlos Samuel de Oliveira Freitas, advogado e diretor de condomínios e jurídico da Imobiliária Primar Administradora de Bens, do Rio de Janeiro.
Freitas comenta que essa é uma função que pode exigir tanto da pessoa que já está se tornando comum a figura do “síndico profissional”. “O síndico profissional é aquele que não mora no condomínio, mas recebe salário para administrar tudo. Uma profissão como qualquer outra”, explica.
O caixa do condomínio é um dos pontos mais delicados. Manter o equilíbrio das contas é complicado. Em alguns casos, até um conserto necessário como a troca de uma peça do elevador pode gerar uma grande confusão. Além disso, existem os problemas administrativos, o comportamento agressivo – tanto da parte do síndico quanto dos moradores, - o síndico que não quer sair do cargo... “São inúmeras questões que precisam ser pensadas antes de assumir o cargo. Geralmente não são atendidas as vontades de todos e, muitas vezes, a taxa de condomínio aumenta, - aumentando também a insatisfação com o síndico” ressalta Freitas.
O síndico é presença necessário em um condomínio, mas o que fazer quando a maior parte dos moradores começa a ficar insatisfeita com a sua atuação? Segundo Freitas existem duas maneiras de retirar um síndico do cargo: de forma amigável ou jurídica.
“É preciso lembrar que, mesmo destituído, o síndico continuará sendo morador, por isso o mais indicado é evitar um clima desagradável e resolver as questões de maneira amigável”, aconselha. Para isso, é preciso que os condôminos insatisfeitos se reúnam e peçam que o síndico renuncie. Havendo acordo, o processo continua e é preciso colocar uma nova pessoa no cargo.
Se o síndico se recusar a sair é uma destituição jurídica. “De acordo com o Código Civil, uma assembleia pode ser convocada com um quarto dos condôminos para a destituição do cargo de síndico, e nessa assembleia a maioria absoluta define a favor ou contra a renúncia”, explica.
Para evitar problemas dessa natureza, Freitas comenta que um bom síndico deve ter um bom conhecimento sobre o código civil, as leis trabalhistas, além de interesse nas áreas contábil, administrativa e do direito.
“Há também outras habilidades que ajudam a ser um bom síndico, como saber ouvir as reclamações dos condôminos, ser político, humilde, bom comunicador, e, principalmente, um bom líder” conclui.
Fonte: http://www.pautas.incorporativa.com.br/
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