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Segurança

Protesto em Natal

Mobilização contra caso de racismo em prédio deve ocorrer sexta (16)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022
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[Atualização - 16/12] Delegada expede intimações no caso de injúria racial em condomínio na zona Sul de Natal

Previstos para esta sexta-feira (16), depoimentos devem ser colhidos para investigar o caso de agressão à gerente de vendas Flávia Carvalho, 36 anos, em um condomínio no bairro de Candelária, na zona Sul de Natal. Intimações foram expedidas para as investigadas e testemunhas na última terça (13), junto à instauração de inquérito pela Polícia Civil.

Segundo a delegada Karen Lopes, titular do 10º Distrito Policial e responsável pela investigação, estão em análise, além da prática de lesão corporal, os crimes de injúria racial e ameaça, conforme depoimento da vítima, prestado na última sexta-feira (9).

O caso, que gerou repercussão nacional, ocorreu na última quarta-feira (7), no condomínio Quatro Estações, onde moram a vítima e as mulheres que lhe agrediram moram. A previsão inicial da titular do 10º DP é encerrar o inquérito até o fim da semana que vem.

Conforme informado por Lopes, as primeiras intimações foram expedidas para as investigadas pelos crimes citados anteriormente, além da síndica e de funcionários da administração do condomínio que receberam Flávia Carvalho após as agressões, no âmbito de testemunhas. A partir daí, também devem ser ouvidos o porteiro de plantão no dia do fato e o advogado do condomínio.

As imagens da câmera de segurança do elevador, o exame de corpo de delito que comprovam as agressões e as próprias escoriações observadas pela delegada na vítima, quando foi registrado o Boletim de Ocorrência, são evidências robustas da lesão corporal, de acordo com a titular da delegacia. Os próximos depoimentos, ainda segundo ela, devem esclarecer os eventuais cometimentos de crimes de ameaça e injúria racial.

 
 
 
 

"Além das duas mulheres investigadas, a síndica e funcionários da administração do condomínio também foram intimados para que eu saber das reclamações que haviam, se tinha substância ou não", afirmou a delegada Karen Lopes.

As reclamações que ela menciona são as que Flávia Carvalho apontou como implicância de uma das agressoras, a sua vizinha de apartamento. A vítima afirmou ser alvo de implicância sobre barulho na sua casa, que nunca teriam acontecido, de acordo com ela.

Esse tema provocou até uma reunião, anteriormente, com o advogado do condomínio, mas que não teria gerado nenhum resultado porque foi interrompida no meio.

"De acordo com o relato da vítima, a reunião chegou a ser marcada, já que não se provava esse barulho, mas o advogado se retirou alegando falta de respeito das duas [investigadas por agressão]. Para um advogado se levantar e sair da reunião, então você imagina a gravidade. Por isso ele também vai ser ouvido", disse a delegada.

O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP) também foi oficiado pela delegacia para informar os detalhes da ocorrência atendida pela Polícia Militar.

 

[14/12/2022] Ato contra racismo é marcado para sexta-feira 16 em Natal após agressão a moradora de condomínio

Gerente de vendas de 36 anos foi agredida por vizinhas, mãe e filha, e teria ouvido frases racistas

Um ato contra o racismo foi marcado para a próxima sexta-feira (16), em Natal, após agressões a uma moradora de condomínio em Candelária serem divulgadas. O protesto será em frente ao local onde a cena aconteceu na última quarta-feira (7).

Uma gerente de vendas de 36 anos registrou boletins de ocorrência contra duas vizinhas por lesão corporal e injúria racial. Câmeras de segurança do condomínio registraram a dupla agredindo a vítima na porta de um elevador:

As agressões teriam sido motivadas pelo incômodo das vizinhas com obras no apartamento da mulher, que negou o suposto barulho alegado. Esta ocorrência foi registrada na 10ª Delegacia Policial, na Zona Sul de Natal, contra as agressoras que são mãe e filha.

A dupla teria usado termos como “preta nojenta”, segundo a moradora, e disseram que ela não “merecia morar naquele lugar”.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, a conduta dos policiais militares envolvidos na ocorrência também será investigada:

“Não entendi o motivo pelo qual elas não foram presas, já que estavam em flagrante delito”, disse Karen Lopes.

A vítima ainda não voltou para o imóvel onde morava.

 

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/delegada-expede-intimaa-a-es-no-caso-de-injaoria-racial-em-condoma-nio-na-zona-sul-de-natal/553464 - https://agorarn.com.br/ultimas/ato-contra-racismo-e-marcado-para-sexta-feira-16-em-natal-apos-agressao-a-moradora-de-condominio/

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