Porteiro diz ter sido ameaçado por delegado que atirou em frente a prédio
Segundo funcionário, confusão começou após briga entre policial e mulher. Oficial furioso chegou a efetuar vários disparos na frente do prédio.
O porteiro ameaçado pelo delegado William Gomes esta semana num condomínio no bairro Santa Isabel, Zona Leste de Teresina, relatou como começou a confusão que resultou no oficial efetuando vários disparos na frente do prédio. Segundo o funcionário, o policial e a sua mulher tiveram uma nova discussão, depois ela ligou para a portaria proibindo a entrada do marido, que ficou furioso.
"A mulher pediu para o marido não entrar mais, então eu proibi. Foi quando ele veio com a arma, mesmo assim não deixei ter acesso. Ele pediu as malas dele, quis entrar a força e começou a fazer ameaças. Uma pessoa armada, quem não fica com medo. Também fiquei com receio de permitir e ele fazer algo contra a esposa", contou.
A confusão foi registrada pelo circuito de segurança do prédio e as imagens estão sendo analisadas pela polícia. No vídeo, o delegado já irritado força a entrada e aponta a arma para a guarita, em seguida vira para o lado e tenta atirar. O oficial não desiste e dispara no meio da rua. De acordo com alguns vizinhos, as brigas entre o casal eram constantes, mas nas últimas semanas estavam mais violentas
A Corregedoria da Polícia Civil informou que já abriu um procedimento administrativo disciplinar, mas até agora o delegado não foi afastado e continua armado. "Se no decorrer das investigações, a comissão perceber que há necessidade, vamos pedir o afastamento para a corregedora", declarou a gerente de procedimentos administrativos da Polícia Civil, Adriana Xavier.
Ao analisar as imagens, o delegado geral James Guerra informou que um processo disciplinar será aberto.
"Este não é um comportamento recomendado a nenhum policial civil", declarou.
O advogado que representa o delegado diz estar preparando a defesa do cliente. "Nós vamos ter que primeiro ter acesso aos laudos para ter conhecimento dos documentos que foram produzidos pela Corregedoria Geral de Polícia Civil. Só após esta análise é que podemos traçar esta linha de defesa", disse Hilton Rocha Júnior.
Fonte: http://g1.globo.com/
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