Dona de casa é morta dentro de condomínio em Niterói
Desaparecida desde o início da madrugada de domingo, a dona de casa Andréia Lima da Silva, de 40 anos, foi encontrada morta, na manhã de ontem, no terraço do prédio onde morava, no Condomínio Niterói Garden, na Rua Luiz Palmier, no Barreto, Zona Norte de Niterói. O corpo da vítima - localizado pelo filho de 17 anos - tinha três cortes no pescoço, possivelmente provocados por facadas.
“Vi minha mãe caída num canto escuro. Ela estava vestida do jeito que saiu, com a bolsa, dinheiro e até o lenço que usava”, contou a técnica de laboratório Bruna Silva, 20, filha da dona de casa.
De acordo parentes, Andréia saiu de casa, na noite de sábado, na companhia de um antigo amigo, com quem iniciava um relacionamento.
“Minha mãe voltou por volta das 2h15. Até o porteiro confirmou que ela entrou sozinha no condomínio, mas não chegou em casa. Não podemos julgar ninguém, mas quem fez isso já estava aqui dentro”, disse Bruna.
Após diversas tentativas de contato telefônico com a dona de casa, os filhos resolveram procurá-la em hospitais e delegacias, mas sem sucesso. Na manhã de ontem, Bruna contou que recebeu uma sugestão na administração do condomínio. “Fomos ver se conseguíamos alguma informação sobre ela e o porteiro ratificou que ela havia entrado sozinha no prédio. Uma funcionária sugeriu que a procurássemos no terraço. Meu irmão foi lá, no 13ª andar, com um zelador e encontrou nossa mãe morta”, recordou emocionada a técnica de laboratório.
Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo constataram que Andréia foi atingida por três facadas no pescoço. Embora a vítima tenha desaparecido na madrugada de domingo, os policiais acreditam que ela tenha sido assassinada na manhã de ontem.
“Podemos afirmar que ela foi morta recentemente. Não descartamos a possibilidade da vítima ter sido mantida no próprio local ou até mesmo dentro de algum apartamento”, explicou o delegado Marcos Amim. Ele acredita que a dona de casa tenha ido ao local por conta própria, já que na cena do crime não havia vestígios de luta corporal.
Recados
Segundo amigos e familiares, Andréia estava recebendo bilhetes de um admirador secreto. “Ele dizia que ela era linda e que adorava ver o sorriso dela. Dizia também que quando a via o dia dele ficava melhor. Chegamos a buscar o livro do condomínio para comparar as letras ”, declarou uma vizinha e amiga de Andréia, que preferiu não se identificar.
Moradores reclamam da falta de segurança e de câmeras
Assustados, moradores contaram que há 15 dias uma mulher foi agarrada no elevador. “Não tem uma câmera aqui dentro para nos dar segurança”, desabafou uma moradora.
“Eu quero Justiça. Não estou fazendo isso só pela minha mãe não, até porque ela não vai voltar mesmo. Mas eu estou fazendo isso para tentar impedir que aconteça com outras pessoas”, declarou Bruna.
Agressão
Um profissional de imprensa e morador do condomínio acusou um agente da DH de agressão. “Ele deu duas batidas no meu peito e me pegou pelo braço”, disse o morador. O caso foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil.
Fonte: http://www.osaogoncalo.com.br/
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