Morte no Recife
Mulher morre atingida por pedaços da fachada e tela foi instalada
Após morte de mulher atingida por parte de fachada, condomínio é obrigado a instalar tela de proteção
Segundo a prefeitura do Recife, responsáveis pelo Edifício São Cristóvão, na área central, deverão adotar outras medidas. Polícia abriu inquérito para apurar o caso. Célia de Barros, de 60 anos, morreu no local.
Horas após morte de uma mulher, atingida por pedaços da fachada de um prédio, no Recife, a prefeitura informou que o condomínio foi intimado a instalar, de imediato, telas de proteção. O fato ocorreu, nesta segunda (8), na calçada do Edifício São Cristóvão, na Boa Vista, na área central da cidade. A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso .
Célia Cesária de Barros, de 60 anos, morreu no local, de acordo com o Instituto de Criminalística (IC). Segundo a perícia, ela estava passando pelo local e teve uma lesão muito profunda.
Por meio de nota, a administração municipal informou que equipes da Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon) e da Secretaria Executiva de Defesa Civil (Sedec) foram até o prédio para fazer uma vistoria.
O edifício, que fica na Rua da Aurora, deverá também adotar outras providências para evitar novos problemas desse tipo.
Segundo a prefeitura, além de constatarem a “necessidade de colocação da tela”, as equipes informaram que o condomínio precisa realizar uma “manutenção urgente da fachada”.
Outra medida, segundo a orientação do poder público, é a colocação de “bandejas” para reforçar a segurança no local.
Além disso, a prefeitura ampliou com cones e fitas o isolamento da calçada e da ciclofaixa situadas em frente ao prédio. O poder público disse que “nunca havia chegado nenhuma denúncia sobre o edifício".
Na nota, a administração municipal informou que a lei 13.032, de 14 de junho de 2006, aponta que “é de responsabilidade do proprietário do imóvel e condomínio realizar a cada três anos vistoria das condições físicas do conjunto estrutural do prédio e atestar a segurança da edificação”
Ainda segundo a prefeitura, qualquer pessoa pode acionar a Defesa Civil, pelo 0800 081 3400, ao verificar possíveis problemas na conservação dos imóveis, que gerem risco para moradores e para a população.
Os técnicos realizam vistorias nos locais e elaboram pareceres técnicos, que são encaminhados para a Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon), responsável por exigir que os proprietários executem as medidas recomendadas para restaurar a segurança das edificações.
Advogado
O advogado Anderson Lourenço, que defende o condomínio do Edifício São Cristóvão, disse que a atual síndica entrou no cargo em fevereiro do ano passado e que recebeu a administração após a destituição da antiga titular.
O defensor também afirmou que a antiga responsável, “ao sair, não deixou disponível qualquer documentação sobre a condição fiscal, financeira e estrutural do prédio”
O advogado disse, ainda, que “algumas empresas foram procuradas pela atual gestão para a profissionalização da administração do condomínio e melhorias das estruturas internas do edifício”.
Sobre a família da vítima, o advogado do condomínio informou que "só descobriram a identidade dela na delegacia". “Foi feito um contato com a família, que preferiu se pronunciar por meio de advogado”, disse Lourenço.
Ainda segundo o advogado, a administração do condomínio se comprometeu a ajudar as investigações e que teria se disposto a custear o funeral da vítima, mas a família teria recusado esse apoio.
Imagens
O neto da vítima foi até o local do acidente e, em seguida, foi até o Instituto de Medicina Legal (IML) para fazer o reconhecimento do corpo da avó.
Ele contou à TV Globo que Célia era cuidadora de idosos, tinha saído do bairro da Jaqueira e seguia para casa, no bairro de Joana Bezerra, um caminho que faz todo dia.
Fonte: https://g1.globo.com/