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Jurídico

MS X Animal em condomínio

Síndico quer retirar gato, e moradores vão à Justiça

terça-feira, 10 de agosto de 2021
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[10/08] Justiça decide: Frajola fica em condomínio como gato comunitário

Decisão judicial saiu um dia antes de assembleia marcada para decidir destino de gato, após reclamações

Frajola fica! A Justiça decidiu que o gato sem dono específico, residente há pelo menos três anos no Condomínio Parque Residencial Mangaratiba, no Bairro Tiradentes, tem direito de permanecer no local como um animal comunitário.

Se a decisão não for cumprida, a multa pode ser de R$ 5 mil, conforme determinado pelo juiz José Henrique Kaster Franco em ação movida por moradores que querem a permanência do animal. Citando diversas leis e decisões de tribunais superiores, o juiz declara que o abandono do animal pelo condomínio seria crime.

 O gato apareceu por lá e conquistou o coração de muitos moradores, enquanto outros se aborreceram com a presença do bicho. Depois que moradores reclamaram ao síndico, chegou a ser marcada para amanhã (11), uma assembleia para decidir o destino do gato. Mas os “amigos” de Frajola resolveram entrar na Justiça para evitar a reunião.

Os autores da ação afirmam que já houve episódios de maus-tratos contra o gato praticado por um morador, que teria disparado fogos de artifício em direção ao animal. Conforme a decisão do juiz, há suspeita de intenção de moradores do condomínio de promover a morte do animal por envenenamento ou o sumiço do animal.

O juiz conclui que não é concebível que a vontade ocasional da maioria, mesmo tomada em assembleia, venha a prejudicar direitos fundamentais dos moradores em relação com o animal, ligados ao direito fundamental da dignidade humana.

“Em outras palavras, os moradores, e com eles o condomínio, não têm o direito de abandonar o animal, que já pertence ao local, muito menos matá-lo ou maltratá-lo. Todas essas condutas constituem crimes na legislação brasileira”, diz o juiz.

Frajola ou Mascote, como também é chamado, não representa risco algum aos condôminos, conforme o juiz.

“Tampouco se pode conceber que traga prejuízos sérios à higiene e saúde dos moradores. Não se trata de uma coisa descartável, que possa ser rejeitada depois de viver anos no local sob os cuidados responsáveis e dignos de vários moradores, que acabam sendo pessoas privilegiadas pela convivência com o gato, proximidade que traz benefícios, comprovados pela ciência, tanto à saúde mental quanto física dos tutores”, afirma o juiz.

[04/08] "Frajola" é bode expiatório, dizem moradores sobre gato que divide condomínio

Com outros gatos circulando pela área comum, moradores não veem razão para ‘despejar’ o felino 
 
No centro de uma discussão entre moradores e síndico no Residencial Mangaratiba, em Campo Grande, Frajola pode ter o destino definido no próximo dia 11, quando acontece uma assembleia geral no condomínio e a permanência do animal será colocada em votação. É só um caso envolvendo felinos que costumam colocar vizinhos em pé de guerra.
 
O gatinho apareceu no condomínio há cerca de 4 anos, na gestão de outro síndico. “Ele não era filhotinho, já era um gatinho mais crescido”, relembra Brasiluza Gomes de Pinho Neves (62). De acordo com a moradora, o gato de temperamento dócil, mesmo não tendo um dono foi ficando, já que conquistou a simpatia de boa parte dos moradores.
 
Uns chamam de Jorge, outros de mascotinho, independente do nome, Frajola tem muitos fãs na vizinhança. Mas o fato de circular livremente pelo pátio abriu precedentes, não demorando muito para que a frase “se ele pode, o meu também pode”, começasse a ganhar força entre tutores de outros felinos do condomínio. 
 
No residencial há 80 apartamentos, quase todos ocupados. São 25 moradores com animais, alguns deles começaram a soltar seus gatos na área comum, o que vai contra a convenção dos moradores.
 
"Se você tem a guarda responsável legal, você não pode deixar solto, tem que circular com o animal na coleira ou guia, então, são pessoas que não quiseram colocar telas nas janelas de suas casas e acabam soltando, deixando assim o dia inteiro, o que gerou reclamação de outros moradores que começaram a pressionar o síndico para que tomasse uma atitude e tirasse o gato do condomínio”, conta Brasiluza. 
 
Até dentro da própria diretoria do condomínio há divergências. 
 
Para o estudante de Direito, Pablo Chaves (26), Frajola virou uma espécie de bode expiatório. “Antigamente, não ligavam, mas como síndico não gosta do gato aqui, a ideia ganhou força, como se a saída dele fosse a solução para os problemas. Alegam que ele faz barulho no telhado em tempos de cio, mas ele é castrado”, pontua o rapaz, que é o vice do síndico.
 
Moradores revelam que de maio pra cá a ideia de arranjar um novo e definitivo lar para o gato ganhou corpo e o assunto está na pauta da assembleia marcada para a semana que vem, porém, Pablo explica que uma votação em assembleia pode não refletir de fato a opinião da maioria, uma vez que inquilinos não tem poder de voto.
“Só proprietários podem votar, então, muitos dos que gostam do gato, não poderão opinar”, lembra. Com isso, o rapaz tem esperanças que a Justiça se pronuncie antes da assembleia com um parecer favorável aos que defendem a presença de Frajola. “Procurei me informar sobre casos parecidos em outros lugares e vi que já moveram ações a respeito de animais comunitários, então, decidimos fazer uma petição e, caso o Juiz conceda uma liminar, o tema nem poderá ser colocado em discussão”, explica.
Na Justiça - O advogado Carlos Henrique Justino, responsável pelo processo, conta que essa é uma ação judicial inédita no Estado. “Embora em outros Estados tenhamos decisões favoráveis em manter animais comunitários em condomínios, em Mato Grosso do Sul é a primeira vez. Em Campo Grande, há uma Lei complementar que ampara, tanto os moradores que acolhem o gatinho, quanto o Frajola. 
 
Não podemos permitir que ele seja retirado desse ambiente da maneira como o síndico quer. Tirá-lo de lá é retirar dele um dos seus direitos. Não é só os seres humanos que têm Direitos Fundamentais, os animais também tem e é com base nisso que vamos lutar para que ele seja mantido onde está”.
 
Procurado, o síndico Celso Marlei se pronunciou através de sua advogada, Dora Waldow. “Celso tem o pensamento dele, mas, o que está sendo colocado em discussão é o interesse coletivo, o impasse não está entre os moradores e o Celso, ele representa o condomínio como um todo. O Frajola está sendo cuidado por uma moradora e caiu na graça de outros. Acontece que muitos outros moradores não querem o gatinho, que tem causado problemas", argumenta.
 
Diante disso, ele preferiu que o assunto fosse levado e discutido em assembleia e o que for definido, será acatado, garante a advogada. "O interesse coletivo precisa prevalecer. Embora estejamos falando de um animalzinho, que está sendo cuidado por uma moradora, ninguém quer assumir responsabilidades. É legal cuidar, dar comida, mas ter responsabilidades vai muito além”, pontua.
 

Moradores vão à Justiça para garantir permanência de “Frajola” em condomínio

Animal, que vive há 4 anos no local, está sendo ameaçado de "despejo" 

Grupo de moradores de um condomínio localizado no Bairro Tiradentes, entrou com uma ação na Justiça para garantir que um gato, que não tem dono específico, mas que é alimentado e cuidado por todos, continue frequentando e “morando” nas dependências do residencial.

De acordo com o estudante de direito, Pablo Chaves, 26 anos, que juntamente com a mãe decidiu ajuizar a ação, “Frajola”, como foi batizado o gato, chegou ao condomínio há cerca de 4 anos e desde então, passou a ser o mascote dos moradores, recebendo todos os cuidados necessários. 

"O gato está no condomínio há 4 anos, a maioria dos moradores cuidam, alimentam, aplicam as vacinas. Ele é castrado e está devidamente chipado e cadastrado no CCZ como animal comunitário, agora o síndico está querendo retirar o animal do condomínio de qualquer maneira”, informou o morador.

No processo, protocolado na 11ª vara do juizado especial central de Campo Grande, assinado pelo adogado Carlos Henrique Justino, os autores alegam que apesar do animal ser dócil, alguns moradores "abominam o animal e ameaçaram matar o gato envenenado". Inclusive, um vizinho teria soltado um rojão na direção no do animal, em 2020. 

O animal está, inclusive, cadastrado no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campo Grande, como animal comunitário, baseado na Lei Complementar Municipal nº 395/2020, que garante a permanência de um animal sem dono especifico, em algumas localidades sob a responsabilidade de um tutor. 

“Ele vive solto, é muito dócil e muito carinhoso. Chegou aqui pequenininho e brinca com todo mundo, está tão adaptado que se tirarem daqui, é capaz dele voltar sozinho. Todo mundo ajuda com comida, remédio e vacinas. No condomínio, tem 25 animais cadastrados, entre pássaros, gatos e cachorros. Porque ele não pode ficar aqui?”, questiona a professora universitária Tânia Freitas, 60 anos, que defende a permanência do Frajola no condomínio.

O sindico responsável pelo condomínio foi procurado para se manifestar sobre a retirada do animal, mas até a publicação da matéria não houve retorno. Uma reunião para decidir sobre a permanência do animal nas dependências do residencial está pautada para o dia 11 de agosto.

https://www.campograndenews.com.br/

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