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Mercado

Mudança trabalhista

Empresas de elevadores querem atrair mulheres para cargos técnicos

sexta-feira, 6 de maio de 2022
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Projetos sociais e princípios ESG renovam o setor ainda com maioria masculina

As mulheres começam a conquistar espaço no setor de elevadores, escadas rolantes, produção de peças e manutenção de equipamentos, segmento que ainda concentra ampla maioria de profissionais homens em seus quadros.

A tendência de mudança é resultado da influência das pautas sobre os princípios ESG, sigla que representa os conceitos Environmental (Ambiental, E), Social (Social, S) e Governance (Governança, G), que passam a influir nas práticas das empresas do ramo.

“As empresas de elevadores já perceberam que a pauta ESG também deve fazer parte do plano de negócios se quiserem ter como meta o crescimento. Empresas com visão mais moderna, inclusiva e sustentável, além de estarem em linhas com os valores da sociedade, encontram mais facilidade para novas parcerias e para atrair investimentos”, afirma Marcelo Braga, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Elevadores (ABEEL).

Mulheres na área técnica

A Elevadores Villarta é um exemplo. A empresa, que atua com fabricação de elevadores e escadas rolantes, além de manutenção de equipamentos de todas as marcas, e conta com 21 unidades em diversos estados do Brasil, lançou um projeto para incentivar a inclusão de mulheres nas áreas técnica e de engenharia. O objetivo da empresa é o de ampliar de apenas três para mais de 30 mulheres nessas duas áreas em nível nacional.

Batizada de “#PraCimaComElas”, a iniciativa já teve início na fábrica localizada em Taubaté (SP). O projeto tem como objetivo divulgar para essas profissionais os setores Técnico e de Engenharia como atrativos e com perspectiva de crescimento dentro da empresa.

Mulheres na chefia

Na MM Elevadores, a técnica Fabiana Couto chefia uma equipe de 22 técnicos especializados encarregados das operações de reparos e conservação de elevadores. Cabe a ela verificar se todos os procedimentos técnicos estão sendo realizados para evitar acidentes, paradas súbitas e outros problemas em centenas de edifícios na cidade de São Paulo. São mais de 80 mil elevadores somente na capital, cuja manutenção é realizada por mais de 200 empresas especializadas.

Formação profissional gratuita

Em responsabilidade social, o “S” do ESG, o segmento de elevadores tem se dedicado à formação profissional, já que cursos de qualificação em elevadores são raridade em escolas brasileiras. É o caso da Infolev, empresa brasileira que atua com alta tecnologia para elevadores, com a maior fábrica de comandos eletrônicos da América Latina, que vem investindo em projetos sociais de desenvolvimento profissional.

A empresa já patrocinou mais de 20 mil treinamentos gratuitos para formação de técnicos de elevadores. A grande maioria dos seus mais de 100 funcionários construíram a carreira na empresa, como resultado do incentivo aos treinamentos e apoio financeiro para qualificação. Sempre que possível, a empresa opta pela contratação sem experiência e promoções internas.

Investimento social

“Nossa missão é focar no desenvolvimento e fabricação de equipamentos que proporcionam mobilidade e acessibilidade com significativa economia de energia. Nosso processo produtivo não utiliza produtos químicos, não emitem gases , não poluem o solo e provemos ampla reciclagem de materiais”, afirma o fundador da empresa, Fabio Aranha.

Além disso, a empresa possui 50% das mulheres em cargos de coordenadores e gerência e incentiva o respeito à diversidade cultural, sexualidade, raça, etnia e credo.

O Sindicato das Empresas de Elevadores (Seciesp) também atua em formação. “Fomos pioneiros em formar profissionais em elevadores. A grande maioria dos alunos são contratados pelas empresas associadas e desenvolvem uma nova carreira. O papel de formação e de educação profissional passou a ser exercido pelas próprias empresas do setor”, afirma o presidente da ABEEL.

Descarte de óleos

O descarte de óleos de maneira correta com destinação legalmente fixada é uma das principais preocupações do setor de elevadores. Para cada litro de óleo descartado incorretamente, um milhão de litros de água são contaminados. Por isso, o óleo usado é armazenado em local seguro e depois empresas parceiras recolhem o material, que após processo de refino é reutilizado ou descartado corretamente.

Na M&M Elevadores, o cuidado com o descarte do óleo contaminado que é retirado das casas de máquinas passou a ser ampliado para atuação de acordo com as exigências de sustentabilidade dos clientes. Uma empresa especializada em reciclagem coleta o óleo das máquinas de elevadores. 

Assessoria de imprensa ABEEL

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