Muzema
Prefeitura do RJ informou que vai demolir 20 prédios
Prefeitura do Rio diz que vai demolir 20 prédios na Muzema, Zona Oeste do Rio
Processo de demolição começou na terça-feira (3). Nesta quarta (4), mais quatro edifícios serão derrubados
A Prefeitura do Rio informou que vai demolir 20 prédios construídos de forma irregular na Muzema, na Zona Oeste do Rio.
As demolições começaram a ser feitas nesta terça-feira (3), quando um edifício foi colocado abaixo. Nesta quarta-feira (4), mais quatro imóveis serão demolidos.
Segundo a prefeitura, todos os prédio demolidos ainda estão em fase de construção.
Outras seis construções, que já contavam com moradores, estão vazias e aguardam a conclusão de um laudo técnico para que haja uma definição se serão demolidos ou não.
A queda dos prédios construídos de forma irregular na Muzema, em 12 de abril de 2019, provocou a morte de 24 pessoas.
Na ocasião, dois edifícios caíram – cada um deles tinha cinco andares.
Interdições
Os imóveis foram interditados duas vezes pelo município. No entanto, as vendas continuaram a ser feitas.
Segundo a prefeitura, os prédios foram interditados em novembro de 2018, pela Secretaria Municipal de Urbanismo, e em fevereiro deste ano, pela Defesa Civil Municipal.
Inicialmente, o prefeito Marcelo Crivella informou que uma liminar judicial impediu a demolição dos imóveis: "Essas edificações estavam em loteamento irregular. A Prefeitura do Rio já havia comunicado ao Ministério público e tentado interditar, mas infelizmente, uma liminar judicial impediu a demolição desses prédios e as obras continuaram", postou Crivella em uma rede social.
Mais tarde, em nota, a prefeitura disse que a demolição afetaria outros quatro imóveis no condomínio, mas não os dois que desabaram. "Os dois prédios que caíram estão na 3ª fase", informa, citando a fase de "interdição".
O condomínio Figueiras, onde estavam os dois prédios que desabaram, foi notificado diversas vezes pela prefeitura e pela Defesa Civil nos últimos 14 anos. A primeira aconteceu em outubro de 2005, quando a prefeitura classificou todas as construções do condomínio como clandestinas e embargou as obras.
A partir de 2006, a prefeitura diz que notificou o Ministério Público do estado para impedir as construções irregulares. De lá pra cá, a prefeitura informou que 17 autos de infração foram emitidos para construções irregulares no condomínio.
De acordo com o poder municipal, a região é uma área de proteção ambiental e os prédios construídos no local não respeitam a legislação em vigor. O Ministério Público havia sido avisado sobre o loteamento irregular, segundo a prefeitura.
Fonte: https://g1.globo.com/