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Administração

No Centro do Rio

Prédio é evacuado após tremor; Defesa Civil já liberou o local

terça-feira, 28 de agosto de 2012
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Prédio é evacuado após tremer no Centro do Rio

 
Um prédio no Centro do Rio tremeu no início da tarde desta segunda-feira. O edifício de número 37 da Rua Visconde de Inhaúma teria balançado por volta das 13h e foi evacuado antes mesmo da chegada dos bombeiros ao local. A Defesa Civil esteve no local e liberou o edifício por volta das 14h40m, após o 10° andar ser inspecionado. Segundo a Defesa Civil, apenas oito das 45 pessoas que estavam no pavimento sentiram a vibração, e os técnicos não encontraram nenhum problema.
 
Rodrigo Gama, analista de sistemas de uma empresa do 6° andar disse que a primeira vez foi às 10h30m: "Mas só alguns sentiram, ninguém foi embora. Na segunda vez, na hora do almoço, sentiram de novo, e a empresa resolveu evacuar", afirmou ele, acrescentando que a Defesa Civil ficou 10 minutos no local.
 
"Só avaliaram um andar, o 10°, dos 21 que o prédio tem. E isso em poucos minutos. Deram um feedback ao administrador, liberaram e foram embora. A minha empresa não volta hoje, mas já tem gente voltando de outras".
 
Jorge Paes Leme, administrador de um escritório de advocacia que funciona no 20º andar, reafirma que o prédio tremeu três vezes:
 
"Tremeu o chão três vezes, chegou a balançar a divisória do escritório. Desceram todos. Ninguém mais está lá dentro. A defesa chegou agora há pouco, os bombeiros já estavam. O local está fechado, só entram os técnicos da Defesa Civil", conta ele, afirmando que não há nenhuma obra de grande porte sendo feita no edifício.
 
No início do mês, um prédio de três andares com uma coluna de sustentação partida na comunidade da Areinha, em Rio das Pedras, e outros três edifícios próximos foram demolidos pela Defesa Civil. Na ocasião, o subsecretário do órgão, Márcio Motta, chegou a dizer que os prédios corriam risco de desabar por causa das condições precárias em que foram erguidos. Colunas provisórias foram colocadas no prédio ameaçado para facilitar a retirada de pertences dos moradores.
 
No dia 3 de agosto, um edifício residencial e um prédio anexo nos fundos da reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Icaraí, no município de Niterói, foram interditados pela Defesa Civil. No entanto, segundo o secretário de Defesa Civil de Niterói, Adilson Alves, o edifício do bloco 5 do Condomínio Santos Apóstolos não corre risco de colapso. A constatação foi feita depois de uma vistoria realizada na estrutura do prédio neste sábado. Segundo Adilson, a empresa privada contratada pelo condomínio para fazer o diagnóstico do problema verificou que a falha — uma corrosão em um pilar — é pontual, e está localizada no 10º andar da construção. O edifício, onde funciona um refeitório da universidade, está interditado por precaução.
 

Obras na estrutura do Tijuca Off Shopping

 
Na Tijuca, começaram as obras de recuperação da estrutura do condomínio onde fica o Tijuca Off Shopping, na Rua Barão de Mesquita. As reformas foram iniciadas primeiro no ponto mais crítico, no estacionamento do conjunto.
 

Medo de nova tragédia

 
No dia 25 de janeiro, três prédios desabaram no Centro do Rio, na Avenida Treze de Maio, área próximo à Rua Senador Dantas. Os edifício Liberdade veio a abaixo, derrubando dois prédios vizinhos por volta das 21h. A tragédia deixou 17 mortos e pelo menos cinco desaparecidos.
 
Em junho, a Polícia Federal indiciou sete pessoas pelo desabamento. Os indiciados são quatro operários; o síndico do Edifício Liberdade, Paulo Renha; Sérgio Alves e Cristiane do Carmo Azevedo, presidente e administradora da empresa Tecnologia Organizacional (TO), que fazia obras no mesmo prédio. Eles são acusados de desabamento culposo qualificado com resultado de morte (punido com pena de dois a oito anos de prisão) e dano a bem tombado pela União (de seis meses a um ano), já que o desmoronamento afetou também o Teatro Municipal.
 
Em nota, a TO afirmou que as peças contidas no relatório de investigação policial não permitem identificar a causa do desabamento do Edifício Liberdade. Ainda argumentou que o laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli é inconclusivo quanto à causa do acidente e que, por isso, não seria razoável atribuir qualquer responsabilidade aos representantes e colaboradores da empresa.

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br

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