Zeladores não estão mais morando em prédios de SP, diz pesquisa
Com a mudança, prédio economiza e funcionário ganha privacidade. Especialista em condomínios tira dúvidas dos telespectadores do SPTV.
Uma pesquisa feita pela administradora de condomínios Lello, uma das maiores de São Paulo, mostrou que está diminuindo o número de zeladores que moram nos prédios. Em cerca de 50% dos novos edifícios entregues na cidade, o zelador não dorme no local e trabalha apenas o horário comercial.
Com essa mudança, o condomínio economiza e o funcionário ganha em privacidade. Só que mesmo distante, o funcionário precisa estar sempre atento em tudo o que acontece, como mostrou o quadro “Meu condomínio tem solução”, do SPTV, nesta terça-feira (3).
No Cambuci, na região central, Antonio Moreira da Silva, de 52 anos, é zelador do condomínio há cerca de um ano e meio, mas não reside no local. Ele sai de casa cedo para chegar no prédio às 8h, e até às 18h resolve os problemas dos 196 apartamentos. “Sinto uma privacidade maior não morando no condomínio 24 horas. Isso me faz um pouco bem e para os moradores também”, conta o zelador.
Ele ganhou privacidade e o condomínio espaço. A área de lazer do prédio, por exemplo, aumentou. A casa da família do zelador virou brinquedoteca para as crianças.
“Só tinha um salão de jogos e um parquinho ao ar livre. Agora eles têm espaço com TV, mesa para desenhar, pintar”, diz a dona de casa Cíntia de Carlis.
A administradora do condomínio do Cambuci também cuida de outros 1.200 prédios na capital. Segundo a empresa, o zelador morar fora é uma tendência cada vez mais forte no mercado imobiliário. Além do espaço, outro resultado é a economia. “Quando você tem um zelador morando, você tem um custo adicional”, relata o síndico Wilmar Cabral.
Já em Moema, na Zona Sul da capital, a história é outra. O zelador Carlos Alves mora no prédio.
“Tenho meu horário de trabalho, das 8h às 19h, mas geralmente as pessoas me procuram mais cedo ou mais tarde para resolver coisas que acontecem no interior do apartamento. Pequenas coisas, uma luz que queima, chuveiro.”
Mesmo com os chamados fora do expediente, o zelador só vê vantagens em morar no serviço. Carlos não paga água, luz, nem a taxa do condomínio. Quem está acostumado com ele sempre por perto também não quer saber de mudança. “Pra mim é fundamental. Ele tem que estar junto. Ele é o guardião do prédio”, conta o empresário Roberto Veronesi.
Fonte: http://g1.globo.com
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