Novos projetos
Empreendimentos novos buscam oferecer áreas comuns diferenciadas
Projetar o novo é arte
Construtoras e profissionais inovam ao criar espaços inéditos para o lar, em que funcionalidade, satisfação do cliente e tendências falam mais alto O condomínio dos sonhos, horizontal ou vertical, pode oferecer mais do que o investidor imagina. Para quem está em busca de uma nova casa ou investimento, a oferta de espaços de convivência e lazer pode ser o diferencial no momento da decisão de compra. Nesse contexto, as empresas não têm só investido na área de lazer como criado novos espaços que vão além do salão de festas, brinquedoteca, churrasqueira, entre outros.
"Sempre que concebemos um empreendimento fazemos pesquisas para definir as áreas de lazer. Levamos em conta o desejo do público-alvo e as tendências de decoração e de entretenimento não só locais, mas também do mundo", afirma Leonardo Fabian, gerente regional da Plaenge em Maringá. Esse planejamento resultou na criação um pub no complexo de lazer do edifício Vista Real.
O executivo explica que esse foi um espaço planejado para quem gosta de receber os amigos para comer, beber, assistir um jogo e celebrar. O espaço é jovem e descontraído, além disso segue uma tendência de sofisticação que vem dos grandes centros urbanos. A área de lazer do empreendimento ajuda bastante a valorizar e a vender um imóvel, sobretudo quando tem ambientes funcionais e que não impactam de forma negativa no custo do condomínio. "Temos exemplos em Maringá de empreendimentos com diferenças em torno de 20% no tamanho da área privativa, mas com valores iguais de mercado porque o apartamento menor conta com uma estrutura de lazer mais completa", afirma.
O projeto
As construtoras não medem esforços, sobretudo em empreendimentos de alto padrão, para facilitar a vida dos moradores. No Jardins de Monet, da Construtora Cantareira, há até um espaço que convida aos momentos de reflexão, paz e fé. Além da capela, o residencial ainda contará com um centro de educação infantil com capacidade para 100 crianças. Já no Edifício Cosmopolitan, da Pedro Granado Imóveis, um centro de estética permitirá que homens e mulheres possam se cuidar sem sair de casa. Outro destaque é a lavanderia. Já os moradores do Maison Heritage, da A.Yoshii, terão em casa uma quadra de tênis de saibro. Cada empresa, à sua maneira e conforme o perfil de morador, imprime um diferencial. O arquiteto Cássio Tavares de Menezes afirma que essas propostas surgem como tendências da mesma forma que a moda das passarelas, tanto que se repetem em outros empreendimentos.
"O arquiteto se faz pelos diferenciais de seus projetos, como um designer. Hoje seguimos algumas tendências como a sustentabilidade e a acessibilidade, mas se um profissional cria um espaço inédito que funciona, seja aqui ou em qualquer lugar do mundo, os outros seguem o exemplo", afirma.
Para ele é fundamental que esses espaços diferenciados não custem mais do que se espera e, especialmente, sejam incorporados naturalmente à rotina dos moradores. "Temos o cuidado de trabalhar cada espaço de forma que ele acompanhe as mudanças do tempo, se não pode ser atemporal, ao menos que quando vierem novos materiais e usos, possa se evitar a quebradeira", diz. Na prancheta, o profissional que assina o projeto de um espaço "alternativo" parte de dados sobre o público-alvo, do aproveitamento do espaço, controle de custos e versatilidade do ambiente. A maioria dos clientes tem em mente o que deseja e fornece especificações como uma área gourmet que tenha de fogão a lenha a cooktop ou piscina com cascata, quadra e sauna, mas para os espaços diferenciados nem sempre o modelo funciona, e é nesse momento que a orientação profissional ajuda.
"Algumas estruturas funcionam melhor em um condomínio-clube, onde há pessoas em número e variedade para utilizar uma área de lazer supercompleta e os espaços alternativos. Em um condomínio regular ou residência deve pesar o bom senso, caso contrário o cliente, mesmo feliz na entrega, pode se mostrar insatisfeito depois", explica o arquiteto Murilo Zampieri.
A academia é uma boa ideia numa casa onde as pessoas apreciem o exercício, mas construir e equipar para "um dia utilizá-la", não dá certo. O mesmo vale para o fogão a lenha, o forno de pizza, a sauna ou sala de dança.
AGENDAMENTO X PAGUE PELO USO
O sistema "pague pelo uso" funciona bem nos grandes centros, basicamente o morador adere a um pacote de serviços de terceiros mediados pelo condomínio. Podem ser de manutenção, bem-estar, restaurantes, aulas domiciliares, cada um deles é contratado e pago individualmente. O foco é reduzir o trânsito de terceiros e oferecer ao morador serviços parecidos com os da rede hoteleira. Em Maringá a contratação coletiva com usufruto por agendamento sai na frente do "pague pelo uso". O condomínio contrata o profissional ou empresa e quem adere paga pelo serviço na taxa mensal. Por exemplo uma professora de natação dá aulas na piscina do condomínio em horários pré-determinados e uma esteticista atende no espaço interno mediante agendamento, os interessados rateiam o custo. /// JF
Fonte: http://www.diarioweb.com.br/