O que é ser síndico?
Pesquisa mostra o melhor e o pior da profissão
Pesquisa da LAR.app revela o pior e o melhor de ser síndico
Síndicos de São Paulo revelam as angústias da profissão bem como a satisfação em poder realizar melhorias com a tecnologia e valorizar seu patrimônio
O Dia do Síndico foi comemorado em todo o Brasil no último sábado, 30 de novembro. Uma profissão que ainda enfrenta desafios de regulamentação e tantos outros conflitos muito bem conhecidos da população que reside em condomínios.
A LAR, startup de gestão de condomínios, realizou uma pesquisa qualitativa com 15 síndicos com idade entre 32 e 73 anos, de diferentes perfis de condomínios localizados na cidade de São Paulo (com valores de mensalidade que variam de 540 reais a 2.100 reais), ao longo de 30 horas de entrevistas em profundidade para identificar as principais angústias, dificuldades, satisfações e também as expectativas desses profissionais que se responsabilizam pela administração de condomínios e toda sua complexidade.
A pesquisa constatou três principais motivos que os levaram a se tornar síndicos e participar da gestão do condomínio em que viviam:
- a preocupação com a degradação do valor do patrimônio;
- a necessidade de empreender ou viabilizar um plano B para a carreira profissional;
- a necessidade de um novo emprego em meio à crise, ou complementar renda.
Dentre os desafios que enfrentam, a pesquisa destacou:
- O baixo engajamento dos moradores;
- A falta de apoio e segurança na previsibilidade de manutenção dos prédios;
- O fato de o mercado ser/estar bastante pulverizado com muita oferta de cursos e capacitação;
- A baixa qualificação de mão de obra predial;
- Resistência à tecnologia em condomínios com moradores não digitais.
Os entrevistados afirmaram que se sentem pressionados a modernizarem os serviços e as instalações, mas sentem necessidade de um apoio na curadoria de fornecedores, pois deparam-se com uma ampla oferta de aplicativos, serviços e novas ferramentas que facilitam a ocupação.
Estima-se que existam cerca de 30 mil condomínios na cidade de São Paulo, segundo levantamento do Secovi-SP. Dos cerca de 420 mil síndicos que existem no Brasil, 22 mil são considerados profissionais, com certificação e contratados como prestadores de serviços de um condomínio, de acordo com a ABRASSP (Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais). “Vemos um crescimento no interesse de síndicos em se profissionalizar. Os desafios para a gestão de condomínios são muitos, principalmente pela burocracia ainda dominante, combinada à falta de transparência que geram ineficiência financeira”, avalia Leonardo Boz, sócio-fundador da LAR.app.
Quando questionados sobre a importância de um auxílio especializado, os síndicos endossam a importância de contar com uma administradora transparente que simplifica a prestação de contas e apoia o síndico na gestão de fornecedores, integração de serviços e tecnologia. Em geral, os síndicos disseram que se houvesse uma gestão de condomínio mais eficiente, seria possível economizar o equivalente ou mais do que o valor de um boleto mensal. "Os recursos economizados podem ainda ser revertidos para o bem-estar dos moradores, por meio de investimentos estruturais, a exemplo da criação de novas áreas de lazer", complementa Boz.
Dedicação e conhecimento de gestão
Dentre os entrevistados revelou-se que raros são os síndicos não profissionais que conseguem dedicar-se fulltime à função. Para a maioria, ser síndico é uma camada de suas realidades e que precisa ser encaixada aos outros afazeres. Cerca de 50% dos entrevistados afirmam que se houvesse maior reconhecimento e valorização sobre a função de síndico, fariam disso sua profissão principal. Os síndicos profissionais entrevistados, cerca de 40% da amostra, contam que o trabalho traz uma qualidade de vida melhor com possibilidade de trabalho remoto, administrar cronogramas e horários quando mais conveniente, não possuir chefe e poder otimizar partes da função com as tecnologias.
Do lado negativo da "função síndico" existem alguns fatores a se considerar. Ou melhor, fatores que a maior parte dos profissionais não considera porque, antes de aceitar a função, não sabiam das atividades esperadas ou acreditavam que estas seriam mais simples do que efetivamente são. Após tomarem a posição de síndico, descobrem, contudo, que a tarefa é intensa e que existe, na verdade, um desconhecimento generalizado sobre o papel, inclusive entre os condôminos. “Este desconhecimento, somado à falta de padronização de processos e condutas dentre os síndicos, acarreta em uma impressão de falta de “transparência” e até mesmo má índole”, destaca o sócio da LAR.
Oferta de serviços e tecnologias
No passado, o contexto dos prédios e da tríade administradora, gestor predial e síndico habitava um universo visto como “jurássico”. Uma das possíveis heranças desse período pré-tecnologia é a aversão à mudança, mesmo em atividades onde o contato pessoal não seria necessário. Os condôminos reclamam de custo alto em momentos de crise, mas a tecnologia pode trazer a economia esperada e resolver entraves como a falta de tempo. Além disso, alguns síndicos trazem resistência à transformações muito bruscas ou angústia por não dominarem o digital.
Fonte: Assessoria de Imprensa LAR.app