Condomínio democrático
Onda de protestos pelo Brasil traz a reflexão sobre nosso papel de cidadão
Por Marcelo Duarte
Desde a semana passada, o país vive um momento de protesto que há mais de vinte anos não se via. Sim, a última leva de grande descontentamento em massa foi na era dos caras-pintadas, em 1992!
Agora, o estopim das manifestações que se alastram pelo país é o preço das passagens do transporte público. O número exato de pessoas que foram às ruas não se sabe, mas o calculado é que mais de 1 milhão de brasileiros tenham ido se manifestar nas ruas durante essas semanas.
E é muito bom que o nosso direito de cidadão, de protesto, seja não apenas respeitado, mas exercido plenamente.
E, vale dizer, muitas vezes deixamos de exercer a nossa cidadania na pequena democracia que é viver em condomínio. Nos nossos residenciais tudo é, ou deveria ser, decidido em conjunto, amparado pelo voto da maioria dos condôminos.
Poucas coisas podem ser tão democráticas como uma assembleia condominial. É uma experiência incrível: aquela comunidade, junta, decidindo o que deve ser feito com a arrecadação mensal, pensando na manutenção do seu patrimônio, seguindo e sugerindo regras de conduta a serem seguidas por aquela coletividade.
Apesar disso, as assembleias condominiais, via de regra, vivem vazias! Por que não aproveitamos esse grande momento que o país está vivendo para nos preocuparmos também com os pequenos atos de cidadania que a vida em condomínio pede?
Ser cidadão consciente também é ser protagonista do seu papel de morador em seu condomínio. Pense nisso. Afinal, nada mais drástico para uma nação do que a mudança individual de seus cidadãos.
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