Síndica da Eletronorte descobre rombo nas contas do condomínio e pede ajuda à polícia
Eleita com a missão de abrir a “caixa preta” que transformou as finanças do Condomínio Vila da Eletronorte - Setor Leste, onde nunca se prestou contas aos moradores, a nova sindica do residencial, Maria José da Silva Ravane, encontrou o que já era previsto, muitas irregularidades.
A situação estava tão crítica que ela teve que sustar de uma só vez 75 cheques com destinos duvidosos, suspender pagamentos e registrar um boletim de ocorrência para que a Polícia descubra, onde foi parar dinheiro desviado da administração do residencial, o qual está mergulhado em dívidas por causa da má gestão dos ex- administradores.
Os condôminos estão ameaçados de ficarem às escuras, pois a Ceron a qualquer momento pode cortar a energia das ruas da vila, tendo em vista que as gestões anteriores deixaram acumular uma divida de R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais), apesar desse montante já ter sido pago pelos moradores por meio de taxa extra, porém o condomínio não vinha repassando os valores à concessionária de energia.
Desde o ano passado, os desmandos administrativos vinham sendo denunciados por meio do ex- tesoureiro Zamyrton Guimarães Rocha, excluído dos demais membros da diretoria por não concordar com o modelo administrativo da ex- sindica, Sandra Aparecida Garcia de Sá Gomes, citada no Boletim de Ocorrência.
Mesmo conhecendo o regimento do condomínio e ocupando um cargo de confiança na Caixa Econômica Federal, onde é gerente, movimentou sozinha apenas de julho a dezembro do ano passado na conta poupança do residencial, o valor de R$ 159.050,00 (cento e cinquenta e nove mil e cinquenta reais)
Com a queda da sindica por causa das denúncias, o cargo foi ocupado pelo seu sub-sindico, Leonardo Cordeiro Pestana, cuja gestão está sendo investigada, principalmente pela falta de prestação de contas.
A grave situação financeira que a Vila da Eletronorte enfrenta poderia ter sido evitada, caso o presidente do Conselho Fiscal, Anfilóquio Ferreira, tivesse desempenhado o seu papel de fiscalizar, porém, segundo denúncia de Maria José, ele se tornou conivente com toda as irregularidades para conseguir em troca um cargo na administração para sua enteada, Taís Rodrigues.
Na condição de secretária Tais Rodrigues conseguiu um aumento de salário expressivo em apenas num mês. De R$ 990,00 os proventos da funcionária, registrada como auxiliar administrativo, passou para R$ 1.800,00.
Além de cobrar hora extra, ela conseguiu outra curiosa vantagem que revoltou os moradores. A secretária passou a ter direito a dez por cento de todos os pagamentos que ela recebia dos condôminos inadimplentes.
Numa dessas negociações a sua comissão chegou ao impressionante valor de R$ 7.258,10 e por esse e outros atos considerados suspeitos, Taís foi intimada a se explicar juntamente com o ex- sindico, Leonardo, a quem era subordinada no 4ª Distrito de Polícia, que apura o inquérito.
Fonte: http://www.rondoniaovivo.com/
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