71% têm inadimplência baixa
Falta de pagamento tem caído desde 2003, quando entrou em vigor o novo Código Civil, alterando o valor da multa
Mais de 71% dos prédios residenciais de Fortaleza apresentam inadimplência inferior a 5%, no pagamento da taxa condominial, de acordo com informação do Instituto de Pesquisas e Estatísticas do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação do Ceará (Secovi-CE). Conforme o levantamento, em 15,7% dos condomínios, a falta de quitação por parte dos moradores fica entre 5% e 9,9%. A inadimplência é mais elevada (acima de 15%) apenas em 8,57% das edificações.
Em todo o País, a quantidade de calotes diminuiu consideravelmente desde 2003, quando o novo Código Civil entrou em vigor. A legislação reduziu a multa por atraso no pagamento de 20% para somente 2%. No entanto, houve aumento nos juros. Antes, se o condômino não efetuasse a quitação, o tempo de atraso era irrelevante.
Se demorasse um dia ou 365, a multa seria a mesma, o que acabava estimulando a lentidão. Atualmente, há juro estipulado de 1% ao mês.
Taxa condominial
De acordo com o Secovi-CE, em 72,6% dos condomínios da Capital, a taxa condominial cobrada é maior que R$ 300,00. Conforme informou o Diário do Nordeste, com exclusividade, na edição de ontem, esse valor pode chegar a R$ 3.500,00, segundo pesquisa direta realizada pela reportagem. Segundo dados oficiais do Secovi, a cota entre R$ 200,00 e R$ 300,00 é cobrada em 15% dos edifícios residenciais da Capital. Apenas pouco mais de 2,7% dos condomínios fortalezenses cobram abaixo de R$ 100,00 aos seus moradores.
Conforme os dados do Sindicato, 16,6% dos prédios possuem gestão terceirizada, característica que tem crescido e alavancado o ramo de empresas especializadas apenas na direção dos edifícios. Atualmente, mais de 200 companhias prestam esse tipo de serviço na Capital cearense.
O crescimento da economia nacional, que trouxe consigo o boom no setor imobiliário e a consequente verticalização dos empreendimentos é apontado como uma das razões para essa popularização. A falta de interesse cada vez maior por parte dos moradores em assumir o compromisso de gerir o prédio é outro fator que dá espaço para a profissionalização das empresas deste segmento.
Ainda assim, evidencia o estudo do Secovi, mais de 83% seguem com síndicos próprios. Nesses casos, 64% dos gestores são dispensados de pagar a taxa mensal de condomínio e 20% são remunerados. 16% dos síndicos são contemplados com a isenção do pagamento e ainda recebem a remuneração.
VICTOR XIMENES
REPÓRTER
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com
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