Parto em condomínio
Mulher deu à luz em elevador de prédio no RJ
Mulher dá à luz em elevador de prédio de São Gonçalo
Pequeno Bento veio ao mundo na quarta-feira (4) com a ajuda do pai. "Foi muita emoção, choramos, e logo ele pegou o peito", contou César Albuquerque
Uma mulher deu à luz no elevador de um prédio em São Gonçalo. O pequeno Bento veio ao mundo com a ajuda da mãe e do pai na quarta-feira (4), e as imagens do parto foram capturadas pelas câmeras de segurança do condomínio.
Ao G1, o pai do bebê, César de Albuquerque, contou que sua noiva, Gabi, já havia sentido contrações no dia anterior, mas que ela fez exames no hospital e viram que ela ainda não estava com a dilatação necessária para realizar o parto.
No dia seguinte, foram novamente ao hospital, e, apesar das dores, foi constatado, segundo César, que a noiva tinha apenas 2 de dilatação. Mais uma vez, foram liberados a voltar para a casa. Na madrugada no dia 4, pouco após voltar do hospital, Gabi começou a ter dores muito fortes.
"Chegando em casa, ela sentiu dores que não conseguia nem ficar em pé, era muita dor. Não deu tempo de chegar no hospital. Quando estávamos descendo no elevador, ela se segurou na barra, se abaixou e disse: 'O Bento vai nascer'".
Foi aí que entrou a ajuda do papai.
"Me agachei também e juntos, eu e ela seguramos a cabecinha dele, essa era nossa maior preocupação, e depois o corpo foi saindo e se amortecendo nos meus braços. Eu estava de camisa de manga, nem tenho coragem de lavar. Foi muita emoção, choramos, e logo ele pegou o peito", acrescentou César.
Após o parto inusitado, o casal e o bebê foram para o hospital. A criança ainda permanece internada para exames.
"Bento está muito bem de saúde, mamando bastante. Teve uma reação ao colírio e vai ficar em observação. Gabi queria um parto normal, mas o parto foi natural, porque normal não foi, não", divertiu-se.
Reflexão
Quais as implicações legais desse fato para o condomínio?
Uma mulher deu à luz no elevador de um prédio na cidade de São Gonçalo. Bento nasceu nessas condições inusitadas e está saudável. O pai, César Albuquerque, preferiu chamar o parto de natural, não de parto normal. Mas quais são as implicações legais do condomínio com o parto? Alexandre Marques, advogado e consultor em Direito Condominial, conversou sobre o assuntocom Dylan Araujo, no Revista Rio desta quarta-feira (11).
Segundo o especialista, a primeira coisa que a administração do condomínio pode fazer, a partir da identificação da situação, por exemplo, pelas câmeras de segurança, é disponibilizar um funcionário que possa pedir por ajuda específica, no caso acionando o Corpo de Bombeiros ou mesmo a Polícia Militar. "Se colocar à disposição para ajudar, como qualquer pessoa faria", diz ele, já que não há previsão na lei que obrigue os representantes do condomínio a fazer alguma coisa. Trata-se de uma questão humanitária.
Alexandre também informa sobre a possibilidade do condomínio ser obrigado a ter um kit de primeiros socorros, o que pode ser regulado por lei municipal. Outro destaque da conversa é que, no caso de alguma coisa dar errado, na hora do parto, como por exemplo o elevador parar nesse momento, o condomínio pode vir a ser responsabilizado. Dylan e Alexandre também falaram sobre acessibilidade nos condomínios.
Confira a entrevista na íntegra aqui.
Fonte: https://g1.globo.com e https://radios.ebc.com.br.