Piscina desaba no ES
Escombros caem sobre garagem e atingem vizinhança, sem deixar feridos
[03/05/2021] Moradores voltam para condomínio onde piscina desabou e vão receber auxílio
Os moradores do residencial Parador, em Vila Velha (ES), começaram a voltar aos seus apartamentos, pouco mais de uma semana depois de a piscina desabar sobre a garagem do condomínio de luxo
Apesar de o retorno ter sido liberado pela Defesa Civil, alguns condôminos optaram por permanecer longe de casa após o susto. Eles devem receber um valor pelo período fora do local.
"A sensação de voltar voltar para a casa onde eu moro há quase dois anos é boa demais", contou o médico William Miranda, um dos que decidiram retornar ao Parador. Ele estava fora do apartamento, no quarto andar, desde a data do incidente, em 22 de abril, e ainda lembra a tensão que viveu.
"Eu estava em casa, vendo televisão, e do nada ouvi aquele barulhão. Quando olhei pela janela vi a piscina destruída. Logo eu saí para ver de perto a situação. Consegui tirar meu carro a tempo sem muitos danos e acabei indo morar em um hotel", detalhou.
Durante a estadia no hotel, Miranda acompanhou de longe os trabalhos de inspeção na estrutura do condomínio e, assim como outros moradores, desde a última terça-feira (27) à noite colocou os seus pertences de volta em seu imóvel.
Segundo o síndico do residencial, Gilmar Assumpção, algumas pessoas ainda estão receosas de voltar aos apartamentos e preferem aguardar o resultado final da perícia feita pela Defesa Civil e e também pelo Crea-ES (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo).
Por meio de nota, a Argo informou que está buscando um terreno próximo para transformar em estacionamento para os moradores, tendo em vista que as vagas de garagens estão parcialmente interditadas.
[29/04/21] Moradores contratam perícia particular
"É impossível alguém assinar um laudo falando de 100% de segurança do prédio. Por isso que vamos contratar a perícia especializada", disse o síndico Gilmar
Parte dos moradores do prédio de luxo Parador, em Itaparica, Vila Velha, após reunião na noite desta terça-feira (27), decidiram que só retornarão aos apartamentos, após laudo de uma perícia particular que será contratada por eles. Outros moradores já decidiram retornar para seus apartamentos na manhã desta quarta-feira (28).
O síndico Gilmar Assumpção disse que a perícia particular irá verificar a segurança do local. Ele explicou que os próprios moradores vão escolher a empresa.
"Vai ser verificado o prédio no todo, porque todas as vistorias realizadas até o momento foram visuais, mas a que vamos contratar fará ensaios que comprovem que não há danos nas estruturas", salientou o síndico.
Ainda de acordo com Gilmar, os moradores que decidiram aguardar o laudo particular vão receber um valor mensal para permanecerem no local que escolherem.
Na noite da última quinta-feira (22), a piscina do condomínio desabou em cima da garagem. No momento da queda não havia pessoas na piscina e nem na garagem, sendo assim ninguém ficou ferido.
No sábado (24) e no domingo (25), um caminhão fez a retirada dos entulhos e a Defesa Civil de Vila Velha, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) e funcionários da construtora Argo, responsável pelo prédio, fizeram vistorias para saber se a estrutura do prédio estava comprometida.
A Defesa Civil liberou o retorno dos moradores na tarde de sexta-feira (23), e a empresa Argo contratou um perito que também afirmou não ter risco na estrutura. Em relação ao uso das vagas na garagem, em nota, a Argo escreveu que busca um terreno próximo para transformar em estacionamento para os moradores.
Os moradores que ainda não voltaram estão hospedados em hotéis e casas de parentes. A construtora informou também que auxilia todas as famílias e arcam com os custos de hospedagens e transporte.
Para o síndico, o susto inicial passou, mas eles ainda querem mais informações para ficarem tranquilos dentro dos apartamentos.
"É impossível alguém assinar um laudo falando de 100% de segurança do prédio. Por isso que vamos contratar a perícia especializada", concluiu Gilmar.
[28/04/2021] Moradores ainda não definiram o retorno
Uma reunião deve ser realizada para decidir se eles poderão voltar aos apartamentos
Moradores do edifício de luxo Parador, localizado na Praia de Itaparica, em Vila Velha, ainda não sabem se poderão voltar para casa. O prédio precisou ser evacuado na noite da última quinta (22), depois que a piscina desabou sobre a garagem. Cerca de 270 moradores dos 90 apartamentos ficaram em hotéis, aguardando a conclusão dos reparos para o retorno.
Em entrevista ao jornal online Folha Vitória, o síndico do empreendimento, Gilmar Assumpção, explicou que o retorno ainda será definido durante uma reunião, que deve ocorrer na tarde desta terça.
"Ainda não foi definido, mas está muito próximo o retorno. No final da tarde de hoje, teremos uma reunião entre os representantes dos moradores, a Argo e os advogados para averiguarmos a situação. Dependendo da definição, já encaminharemos os moradores de volta para os apartamentos. Mas ainda precisamos definir, pois há os que querem voltar e os que ainda se sentem inseguros".
No sábado (24), o síndico já havia informado que havia a decisão de aguardar os reparos necessários e que muitas pessoas estavam trabalhando no prédio. Por este motivo, os moradores optaram por não retornar no fim de semana. Ele também havia informado que uma equipe de engenheiros contratados de forma independente estava analisando os riscos e a maioria apontou que era possível o retorno.
No fim de semana, a Defesa Civil Municipal informou que após reunião entre os engenheiros, onde foi avaliada a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), concluiu-se que não havia risco estrutural do prédio, pois a área do desabamento está isolada da estrutura predial e já recebeu reforço para as obras de recuperação.
Em nota, a Argo Construtora reforçou que a Defesa Civil emitiu parecer no sentido de que a estrutura da edificação não foi abalada pelo incidente, corroborando com o laudo emitido pelo engenheiro calculista, permitindo com isso o retorno dos moradores aos seus apartamentos.
Segundo a construtora, o retorno deve acontecer até esta terça, a fim de resguardar a segurança dos moradores, evitando possíveis aglomerações e alto fluxo de prestadores de serviço nesse momento de pandemia. Nesse período a Argo vai continuar a arcar com as despesas de hotel, aluguel de carros e afins.
A Argo informou, ainda que, desde o incidente, todo o entulho foi retirado e a limpeza foi realizada. A região do ocorrido foi devidamente isolada e as saídas de emergência foram mantidas e sinalizadas. O gás foi restabelecido na sexta (23), com base em teste de estanqueidade. O fornecimento de energia e abastecimento de água operam normalmente.
[28/04/2021] Construção de nova piscina em prédio de luxo onde estrutura desabou custará mais de R$ 1 milhão
O fundo da raia de 25 metros desmoronou sobre a garagem do condomínio em Vila Velha, no Espírito Santo
O condomínio de luxo onde uma piscina de 25 metros desabou sobre a garagem, em Vila Velha, Espírito Santo, irá construir uma nova raia. Conforme o síndico do residencial Parador, Gilmar Assumpção, a construção do tanque deve custar mais de R$ 1 milhão. As informações são do portal Uol.
O administrador informou que somente o fundo da estrutura foi danificado no incidente, as laterais estão intactas. Porém, toda a área será reconstruída, informou a empresa responsável pela obra.
"Toda a área da lateral da piscina está intacta, mas a construtora disse que vai fazer tudo novamente. Tudo será feito com diálogo dos moradores junto com a empresa", explicou ao portal.
O síndico e a Defesa Civil classificam que não há risco de o residencial desmoronar. O local passará por uma nova avaliação na terça-feira (27). "Uma empresa especializada foi contratada e está acompanhando tudo. Depois da avaliação, decidiremos se vamos voltar", disse Assumpção.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) classificou que seria "irresponsável e incoerente" o retorno dos moradores ao prédio nesse momento. Equipes da entidade visitaram o local após o desabamento, que não deixou feridos.
Análise preliminar
Engenheiros e especialistas da construção civil constataram, durante visita na sexta-feira (23), que o desabamento da piscina causou danos no teto do subsolo, que apresentou deformações devido à carga excessiva recebida pela queda do tanque. A laje e algumas paredes apresentaram trincas e rachaduras.
Além disso, o escoramento da laje de dois pavimentos inferiores ainda não está finalizado. O impacto do incidente afetou também o sistema de gás e a área de evacuação de emergência foi comprometida com o impacto, o que dificultaria a saída no caso de um possível incêndio.
Diante dessas circunstâncias, o presidente do Crea-ES, Jorge Dias, disse que "qualquer decisão pelo retorno dos moradores é totalmente irresponsável, inconsequente e incoerente". A mesma avaliação é feita pelo Corpo de Bombeiros.
O relatório de vistoria feito pelo Crea-ES na sexta será apresentado até a próxima semana.
Cauas do desabamento
Jorge Dias analisou a situação e concluiu que a piscina desabou por inteiro, devido à corrosão do aço, engastamento insuficiente entre o fundo da piscina e a viga de sustentação. Para ele, a anomalia pode ter sido resultado de falha de projeto, erro de execução ou, até mesmo, problemas com manutenção.
Escombros
A estrutura que cedeu na última quinta-feira (22) tinha 25 metros e foi construída no ano de 2018 no edifício Parador, onde moram cerca de 270 pessoas. Os escombros foram parar no meio das ruas que ficam no entorno do residencial, e a água saiu pela garagem.
Moradores relataram ter escutado um "forte barulho" quando o fato aconteceu e um "cheiro muito forte de gás", porque ela era aquecida. Alguns deixaram as torres sem mesmo levar nada.
[27/04/21] Relembre o caso | Piscina de edifício desaba sobre garagem
Nenhum morador ficou ferido. O prédio precisou ser evacuado após o incidente e parte da orla do bairro foi interditada durante os trabalhos da Defesa Civil
O desabamento aconteceu na noite de quinta-feira (22) no edifício Parador, onde moram cerca de 270 pessoas. O prédio fica em frente à Praia de Itaparica.
A piscina de 25 metros ficava na área de lazer do prédio. Com a queda, a água saiu pela garagem. Vários pedaços da piscina ficaram espalhados pela calçada.
Moradores do edifício relataram ter ouvido um forte barulho no momento da queda. Assustados, muitos deixaram suas casas sem levar nada.
"Ouvimos um barulho muito grande. Imediatamente procuramos saber o que aconteceu. Fomos à varanda e vimos que saía muita água do prédio e descemos rapidamente, pegamos algumas coisas. Graças a Deus não aconteceu nenhum problema maior", relatou o morador Ubiracy Fonseca.
Moradores afirmaram que sentiram um cheiro muito forte de gás, já que a piscina era aquecida.
O edifício Parador foi entregue pela construtora Argo em 2018. Em nota, a empresa disse que prestou e mantém toda a assistência necessária às famílias do prédio, além de colaborar com as autoridades e órgãos competentes.
"Na última quinta-feira, a desocupação das torres, orientada pela Defesa Civil, foi uma iniciativa preventiva, até que todas as avaliações necessárias fossem realizadas. A empresa se prontificou de imediato em arcar com todos os custos dos moradores com hotel e afins, visando que essa situação seja vencida com o menor impacto possível.
A Defesa Civil emitiu parecer no sentido de que a estrutura da edificação não foi abalada pelo incidente, corroborando com o laudo emitido pelo engenheiro calculista, permitindo com isso o retorno dos moradores aos seus apartamentos.
Mesmo com a liberação da Defesa Civil, os moradores só devem voltar aos apartamentos na próxima terça (27), pois a tubulação de gás do edifício foi rompida.
Nesse período a Argo vai continuar a arcar com as despesas de hotel e afins, diz parte da nota da construtora.
Fonte: G1, https://noticias.uol.com.br/, https://ndmais.com.br/, https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/ e https://noticias.r7.com/.