Edifícios de 200m
Prefeitura de Porto Alegre discute plano diretor
Prefeitura discute projeto que poderá permitir edifícios de até 200 metros de altura no centro de Porto Alegre
Atualmente, limite na região é de 52 metros; audiência pública ocorre na noite desta quinta-feira
A prefeitura de Porto Alegre (RS) está finalizando um plano diretor específico para o Centro Histórico com objetivo de atrair empreendimentos, principalmente residenciais, que poderão chegar a 200 metros de altura. Atualmente, o limite das construções é de 52 metros ou o equivalente a 18 andares, conforme a norma geral do Plano Diretor, cuja última atualização foi feita em 2010.
O Programa de Reabilitação do Centro Histórico será debatido nesta quinta-feira (19), a partir das 19h, em audiência online. Para acessar, há um link específico ou transmissão no canal do YouTube da Secretaria do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre.
Depois dessa etapa, a proposta deverá ser encaminhada para a Câmara de Vereadores, no começo de setembro. As principais mudanças envolvem prédios mais modernos e o incentivo à ocupação de vias como as avenidas Mauá, Júlio de Castilhos e Voluntários da Pátria, que têm várias edificações abandonadas.
De acordo com o projeto, não haverá mais limite de altura para as edificações, desde que sejam atendidos os critérios de paisagem, habitabilidade – insolação, iluminação e ventilação – e que não seja comprometido o patrimônio histórico e cultural, segundo a prefeitura. A Secretaria do Meio Ambiente afirma que simulações demonstram a possibilidade de construção de prédios de 30 a 200 metros de altura. Até hoje, o edifício mais alto da Capital, o Santa Cruz, tem aproximadamente cem metros e 32 pavimentos.
A proposta ainda prevê outras mudanças para a região, a exemplo dos índices construtivos. Deverão ser liberados 1,180 milhão de metros quadrados em potencial construtivo (o quanto se pode construir em cada terreno). Hoje, conforme o atual Plano Diretor, o estoque de potencial para a construção no Centro é zero.
– A proposta do município é criar condições para que a própria iniciativa privada possa atrair mais gente para o Centro – disse o secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm, em entrevista ao Gaúcha +, da Rádio Gaúcha, nesta quinta-feira.
O secretário afirmou que as adequações ao Plano Diretor para essa região da cidade são urgentes para revitalizar a área, a exemplo de outras metrópoles, como o Rio de Janeiro, que tem o projeto Reviver de revitalização da área central da cidade.
– Aqui existe uma série de restrições para a altura dos edifícios, portanto, a ideia é que não haja mais limites. O limite será técnico – ressaltou Bremm.
Segundo o secretário, há grupos empresariais interessados em investir no Centro Histórico, a exemplo do Cais Embarcadero, recentemente instalado no Cais Mauá, e a concessão do trecho 1 da orla do Guaíba e Parque da Harmonia para a iniciativa privada.
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