Pós desabamento
Veículos de moradores passam por vistoria com peritos
Carros passam por vistoria nos escombros do Grand Parc no ES
Peritos indicados por seguradora não conseguiram fotografar soterrados. Estima-se que aproximadamente 300 carros foram atingidos na tragédia.
Os veículos que estão no meio dos escombros do desabamento da área de lazer do condomínio Grand Parc foram vistoriados pelas seguradoras na tarde desta sexta-feira (22).
Estima-se que aproximadamente 300 carros foram atingidos na tragédia.
Cinco peritos indicados pelas seguradoras dos veículos realizaram o trabalho de vistoria. O acesso deles ao local aconteceu a partir das 13h, acompanhados da Defesa Civil.
O major Maurício, da Defesa Civil Estadual, explicou que os peritos percorreram apenas a área onde estavam os carros para verificar a situação deles. Os que estão soterrados, não foi possível fotografar.
“Eles fotografaram os veículos que estavam visíveis, alguns com danos superficiais, outros mais profundos. Os que estão soterrados, não foi possível fotografar. O trabalho deles ali era confirmar para as seguradoras a presença dos carros na área”, disse.
Maurício acrescentou que as seguradoras solicitaram imagens das câmeras de monitoramento para verificar os carros que estavam no estacionamento. A liberação das imagens é de competência da Polícia Civil.
Prazo
A vistoria vai facilitar o processo de pagamento do seguro para os proprietários dos carros. O prazo legal para pagamento é de 30 dias, como afirma Eduardo Dal Ri, presidente da Comissão de Automóvel da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). “Muitas seguradoras pagam bem antes desse tempo. Neste caso do condomínio, é algo bem simples de se resolver, porque é fácil comprovar quais carros estavam na garagem”, destacou.
Dal Ri completa que não é preciso retirar os carros do local para que o processo de pagamento do seguro seja iniciado. “A pessoa pode comprovar por meio da planta do prédio ou documentos do apartamento qual era a vaga dela na garagem, ou mesmo por meio de outros moradores, que servem como testemunha”, disse.
A SulAmérica, uma das seguradoras dos veículos no local, informou que já está realizando o pagamento do seguro mediante apresentação de boletim de ocorrência. A empresa destacou que em virtude das proporções do acidente e da limitação de acesso ao local para vistorias, a empresa optou por disponibilizar veículo reserva para os clientes.
Ocorrência
Desde sexta, o acesso a área de lazer do prédio é controlado pela Polícia Civil. Ontem, peritos estiveram no local dando continuidade aos trabalhos. Procurada pela reportagem para saber sobre o acesso da seguradora no condomínio, a Polícia Civil se negou a responder o questionamento. A assessoria informou, por meio de nota, que não será adiantada nenhuma informação do trabalho policial feito no local.
Em caso de necessidade de registro de ocorrência para fins de direito devido aos danos sofridos pelo desabamento da construção, os moradores do Condomínio Grand Parc podem realizar o procedimento por meio da Delegacia Online (Deon).
Mais tapumes para proteger condomínio
Durante a sexta-feira, funcionários contratados pela seguradora reforçaram a segurança do prédio com tapumes. A única parte do prédio que continuava visível, foi completamente fechada.
“Estamos fazendo este isolamento da área para evitar qualquer acidente. Muitas pessoas têm se aproximado do local e queremos protegê-lo”, informou o coordenador da Câmara Civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES), Jaime Oliveira Veiga.
O serviço de escoragem de lajes e de sucção da água também continuou, segundo Veiga. “Já retiramos boa parte da água, de forma que conseguimos percorrer o subsolo”, disse.
As comissões formadas pelos moradores estão acompanhando todo o trabalho no local. O porta-voz dos moradores, José Christo, informou que a prioridade agora é a perícia técnica, para entender o que aconteceu e como está a estrutura do local.
“Todos estão se perguntando se as torres ainda têm condições de segurança. Estamos acompanhando tudo de perto”, declarou Christo.
O trânsito no local deve continuar sendo desviado no trecho em frente ao condomínio, no sentido Praia do Canto-Centro de Vitória.
A prefeitura da Capital informou que é preciso esperar a perícia ser realizada na área, bem como outros trabalhos, para que o trecho da Avenida Nossa Senhora dos Navegantes seja liberado.
Fonte: http://g1.globo.com/