Moradores de prédio evacuado retornam para casa após 7 dias
Moradores do edifício Residencial Priscila Prado, no Itaigara, voltaram aos apartamentos, nesta terça-feira, 7, após uma semana hospedados no hotel Fiesta. O retorno foi autorizado pela Defesa Civil de Salvador (Codesal), após recebimento de relatório da obra de estabilização feita no terreno que deslizou, no último dia 30.
De acordo com a assessoria de comunicação da Codesal, o documento foi entregue na sede do órgão no início da tarde. No relatório, analisado por um engenheiro da Codesal, as intervenções foram realizadas de acordo com as normas técnicas exigidas, garantindo a segurança dos moradores.
No final do dia desta terça, todos os residentes no prédio já haviam retornado. Um deles foi Anderson Leal, 35 anos, que disse sentir-se aliviado com a volta, mas já pensa em mudar do local.
"Não há lugar melhor do que a nossa casa. Mesmo assim, minha esposa - que ouviu o barulho do deslizamento -, não está sentindo-se bem aqui. Estamos procurando outro apartamento", contou Leal.
Assistência
Já a aposentada Hilda Maria Leal destacou a assistência prestada aos moradores pela Clínica de Atendimento à Mulher (CAM), no mesmo bairro, responsável pelo estacionamento onde ocorreu o deslizamento de terra.
"Eles (CAM) nos deram todo o apoio necessário durante todos esses dias. Temos o costume de criticar, mas reconhecer e elogiar, quando necessário, é importante. Estão de parabéns", elogiou Hilda Leal.
Segundo a assessoria da clínica, os moradores do Priscila Prado ficaram hospedados no hotel Fiesta, no Itaigara, durante uma semana e tiveram todas as despesas pagas pela CAM.
Com o deslizamento, três carros que estavam no estacionamento foram danificados, mas, conforme a assessoria da CAM, todos os prejuízos estão sendo pagos aos proprietários.
Incidente
No último dia 30, os condôminos do Residencial Priscila Prado tiveram de deixar os apartamentos após um deslizamento de terra na área do fundo do imóvel, causado pelo desabamento de um muro e, também, pelas fortes chuvas que atingiram a capital baiana naquela semana.
No local do ocorrido funcionava um estacionamento particular da CAM. Na ocasião, o proprietário do terreno chegou a ser notificado pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) para recuperar o muro destruído.
Além de atingir três veículos, o incidente deixou exposta toda a estrutura de sustentação do edifício, levando à retirada dos moradores pela Codesal como medida preventiva. De acordo com o órgão, o prédio não apresenta rachaduras nem corre risco de desmoronamento.
Ao todo, 11 famílias tiveram de sair do prédio. Todos os moradores são inquilinos. O responsável pelo residencial é a imobiliária Manhattan Participações e
Empreendimentos
Por solicitação da Codesal, a empresa entregou o projeto estrutural da edificação, mas o documento não identificava se a fundação estava de acordo com as normas técnicas exigidas pelo órgão municipal.
Fonte: http://atarde.uol.com.br/
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