Prédio evacuado
Edifício em Palhoça corre risco de desabamento
"Foi um susto muito grande", diz morador de prédio com risco de desabamento em Palhoça
Rompimento de coluna causou a interdição do edifício neste sábado (29)
Cerca de 20 famílias precisaram evacuar um prédio de três andares com risco de desabamento neste sábado (29) na avenida Aniceto Zacchi, no bairro Ponte do Imaruim, em Palhoça, na Grande Florianópolis. Os moradores se assustaram com o rompimento de uma coluna de sustentação do edifício por volta das 10 horas.
"Amanhecemos com esse barulho e logo o síndico chegou dizendo para todo mundo sair que estava com risco de cair. Foi um susto muito grande, até porque estamos aqui há 12 dias", conta o administrador Andreo Martins Ribeiro da Silva.
Após o aviso para a evacuação, Andreo e a família pegaram as crianças e foram todos para a rua sem saber direito o que fazer. Ele é natural de Belém (PA) e chegou na cidade para trabalhar, com início previsto no novo emprego para a próxima segunda-feira (2).
"Nem sei com que cabeça vou começar no trabalho, mas agora é ir para o abrigo e procurar um novo lugar para alugar", explica.
Outros moradores também estão com o mesmo objetivo. A autônoma Gabriela da Silva Vieira morava há oito meses no prédio e vai começar a buscar outra casa para alugar. A esperança de voltar para o apartamento não existe, até porque não há previsão para saber o que vai acontecer.
"Ainda bem que temos parentes que podem alugar um local temporário para nós até arrumarmos outro lugar. Só consegui tirar a roupa e uma máquina de bordado que é meu trabalho. Agora é esperar para tirar os móveis", conta.
Prédio já tinha rachaduras, diz síndico
Segundo o síndico João Paulo Alves da Silveira, o prédio com 30 apartamentos foi construído há 30 anos e já tinha apresentado algumas rachaduras. Um engenheiro foi chamado na semana passada para emitir um laudo sobre a estrutura, mas ainda não executou o trabalho. Ele deve realizar um laudo determinando a reforma ou a demolição da estrutura.
"Ontem (sexta-feira), uma máquina fez obras aqui do lado e, aparentemente, bateu na coluna do prédio e hoje (sábado) aconteceu esse abalo. O engenheiro não atestou ainda se há relação de uma coisa com a outra", conta o síndico.
O comerciante Rafael Dutra, que trabalha no setor administrativo de uma importadora em uma das salas no piso térreo do prédio, também aponta que há coincidência entre a destruição de uma casa no terreno ao lado e o abalo no edifício. No entanto, ele defende que um engenheiro é quem poderá emitir o laudo conclusivo.
A atenção do comerciante agora é na retirada dos equipamentos da sala para levar para outro local e continuar o trabalho até uma determinação oficial sobre a situação do prédio. Segundo a secretária de Assistência Social de Palhoça, Rosângela Campos, dez pessoas de três famílias foram abrigadas pelo município em um hotel até que a situação se resolva. O restante dos moradores optou em se acomodar na casa de familiares.
"A gente tenta agir com naturalidade, otimismo e praticidade. Resolver apesar das circunstâncias. Então, é o que estamos procurando fazer nesse momento difícil", descreve o momento.
Fonte: https://www.nsctotal.com.br/