Prédio que desabou
Construtora recebe lista com prioridades de quem mora no condomínio
Moradores do Grand Parc listam exigências a construtora, no ES
Área de lazer de condomínio de luxo despencou sobre a garagem. Porteiro morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas.
Uma semana após o desabamento da área de lazer do condomínio Grand Parc, em Vitória, a situação dos moradores continua indefinida. Hospedados em casas de familiares e em hotéis, eles cobram da construtora uma posição mais firme. Uma série de reuniões começa nesta terça-feira (26) com a apresentação de uma lista de exigências dos moradores.
O desabamento no Grand Parc Residencial Resort, na Enseada do Suá, em Vitória, aconteceu por volta de 3h da terça-feira (19). O local segue interditado por tempo indeterminado.
Entre os feridos do desabamento estava o síndico, Fernando Maques, e os funcionários André Luiz Fernandes, Braz Luís Piva, e Alan Martins. O porteiro Dejair das Neves, de 47 anos, morreu. Ele chegou a ficar desaparecido nos escombros por cerca de 15 horas.
Exigências
O porta-voz dos moradores do Grand Parc, João Christo, disse que, preocupados com a atual situação, os moradores pretendem apresentar algumas exigências, que abrangem, por exemplo, a questão da moradia.
“Nós fizemos uma proposição na semana passada em relação à locação das pessoas, e estamos aguardando a resposta nesta reunião. Queremos saber onde vamos ficar, como será nossa vida daqui para frente”, explicou.
De acordo com Christo, a questão da moradia está entre uma das prioridades. Outra delas é a perícia nas torres do condomínio, para verificar se elas tem condição de abrigar os moradores novamente.
“Está tudo indefinido ainda e queremos algumas respostas. Todos estão muito preocupados e inseguros com as torres”, declarou o porta-voz.
Na quinta-feira (28), os moradores vão participar de uma assembleia para definir os próximos passos. Atualmente, 9 comissões formadas por eles coordenam os trabalhos. Entre elas está segurança, moradia, perícia técnica, entre outras.
Investigação
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Crimes contra a Vida de Vitória. Questionada sobre o trabalho, se algum morador já havia prestado depoimento sobre o caso, a Polícia Civil se limitou a dizer que não adiantará informações sobre a investigação enquanto o trabalho da perícia não for finalizado.
A empresa Cyrella informou que está aguardando e contribuindo integralmente para apuração dos fatos, junto ao condomínio e à Incortel Incorporações e Construções Ltda., construtora da obra.
Fonte: http://g1.globo.com/